- PALAVRAS MENSAGENS


A Igreja de Laodicéia

igreja em Tiatira sai de Pérgamo, a igreja em Sardes sai da igreja em Tiatira; a igreja em Filadélfia, por sua vez, sai da em Sardes. Mas a igreja em Laodicéia sai da igreja em Filadélfia. Do mesmo modo que a igreja protestante saiu da Igreja Católicatambém as igrejas evangélicas livres saíram das protestantes.
palavra “Laodicéia” origina-se de outras duas palavras gregas: “laus” e “dicéia”. “Laus” vem de “laicos” que significa “povo comum”. “Dicéia” significa “costumeopiniãoconselho”. “Laodicéia” significa, então, “o governo das tradições do povo” ou “o governo da opinião do povo”. É o contrário dos Nicolaítas. Para o nicolaíta, o povo não tem autoridadequem decide e ordena é o clero. E o que é Laodicéia? O clero não manda em nada,  quem manda é o povo. É a Igreja da democracia.
Se o clericalismo não é de Deus, a democracia dentro da Igreja também não é. A palavra de um novo convertido não pode ter o mesmo valor que a palavra de um ancião cheio do Espírito.  É preciso buscar revelação do padrão celestial para o governo da Igreja.
O clericalismo nicolaíta não é o padrão de Deusmuito menos a democracia laodicense. O desejo do coração de Deus é que na Igreja existam homens capazes de ouvi-lO. Que eles possam ser como os anjos das Igrejasque numa posição celestial possam governar por meio da unanimidade do corpo.
anjo de cada igreja deve governarmas não com clericalismo tentando abafar a função dos membros do corponem tampouco ignorando o clamor e as percepções dos demais irmãos.
Profeticamente, Laodicéia representa a Igreja dos últimos dias. Historicamente, Laodicéia são todas as igrejas que um dia provaram o mover de Deusmasqueinfelizmente, esfriaram. Laodicéia é uma igreja que um dia foi Filadélfia.

1. A revelação do Senhor — 3.14
Para Laodicéia, o Senhor se apresenta como “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Como o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o Senhor está declarando que tudo aquilo que Ele disse se cumprirá.
Alguns imaginam que o “princípio da criação de Deus”, mencionado aqui, significa que Jesus foi criado ou teve início. A palavra princípio no grego tem também o sentido de fonte e origemAssim o texto seria mais bem traduzido como a “fonte da criação de Deus, a origem de toda a criação”. Esta igrejamais que todas as outras, precisa reconhecer quem é a fonte e o sustentador de todas as coisas.

2. A condição da igreja – 3.15-17
a. Não é frio nem quente
principal característica de Laodicéia é ser morna. O que leva  a Igreja a não ser quente nem fria?  Antes de tudo é um desejo mórbido de agradar a todosQuando queremos agradar os frios e também os quentes, o resultado é a mornidãoMornidão é, portantodesejo de agradar a homens antes de agradar a Deus.
Um outro aspecto da mornidão é o desejo de ser equilibrado. Esta é uma exortação que ouvimos freqüentemente: “seja equilibrado”. Naturalmentetodo extremismo é perigosoporém, a mornidão não é senão um equilíbrio térmicoCerta vez, encontrei um pastor que reclamava de rejeição em sua cidadetanto pelos tradicionais como pelos pentecostaisEm sua opinião isso acontecia porque ele era equilibrado, na verdade, o que ele considerava sua qualidade era sua mornidãoPor ser mornonão se adaptava a lugar algumPara o tradicional, ele era quentepara o pentecostalmuito frioEm outras palavrasera morno.
intenção do morno é não desagradar ninguémQuando se é frio ou quenteisso incomoda. O desejo de agradar os outros parece muito bonito e até muito espiritualmas não agrada a Deus. A pior maldição que existe no meio evangélico é querer ser simpático sempre. A Igreja de Laodicéia é assim: uma igreja simpáticatodo mundo gosta dela, menos o Senhorque está a ponto de vomitá-la da boca. O Senhor não suporta esse meio termonunca é de maisnunca é de menosnunca ataca, nunca defende; não cheira nem fede; não é fria nem quente.

b. Miserável e pobre
Além disso, Laodicéia se acha rica e abastadaIsso não se refere à riqueza materialainda que essa igreja seja também rica materialmentemas à riqueza espiritual. Quantas igrejas estão fechadas para o mover de Deus porque julgam  possuí-lo. Outras pensam que não necessitam aprender coisa alguma com mais ninguémAfinal possuem os melhores teólogos e mestresQuem pode ensiná-los? O diagnóstico do Senhor é durovocê não percebe, mas é miserávelpobrecego e nu (v. 17).
Como pode alguém se achar rico e Deus taxá-lo de miserávelCertamente, é porque o que julgam ter não possui valor espiritual genuíno
Talvez possua muita erudiçãomas nenhuma revelaçãomuita músicamas nenhuma adoração
muito trabalhomas nenhum frutomuito barulhomas nenhuma unçãomuito patrimônio,
 mas nenhuma riqueza celestial.

c. Cego
Às vezes, o que supomos ser riqueza não passa de tecidos rotos aos olhos divinos, o pior é quando nos julgamos entendidos e na avaliação celestial somos tidos como cegos. Os laodicenses tinham o mesmo problema dos fariseus: tinham olhosmas não viam, tinham ouvidosmas não ouviam.
Todo conhecimento verdadeiramente espiritual é fruto de revelação. Ter revelação não significa ver algo que ninguém nunca viu, ao contrário, é ver sob a ótica de Deus, é ver como Ele vê. Revelação é ter o coração incendiado por Sua luz que traz a palavra “rhema”. Para essa igreja, a Palavra de Deus está selada. Ela não enxerga coisa alguma porque seu coração não está voltado para Deus. O mero conhecimento intelectual da Bíblia é destituído de valor. Se tudo o que temos é isso, então não possuímos coisa alguma. Este tipo de conhecimento não muda a vida de ninguém, antes é considerado por Deus como cegueira.

d. Nu
Além de pobres e cegos, os laodicenses estão nus aos olhos divinos. Sabe-se que as vestes espirituais nos falam de relacionamento com Deus. Todo crente as recebeu, contudo, o Senhor diz que Laodicéia está nua. Certamente, essa nudez se refere às vestes nupciais porque Ele diz que essa igreja precisa comprar as vestiduras brancas. As vestes de salvação não podem ser compradas, pelo contrário, são recebidas pela graça. Por outro lado, têm um preço: os atos de justiça (Ap 19.8). Apesar da situação lamentável de Laodicéia, ela não deixa de ser Igreja.

3. O remédio de Deus – 3.18-20
a. O ouro refinado
Todavia, ela precisa pagar o preço para adquirir as coisas genuinamente espirituais. A indisposição para pagar o preço é que nos leva a sermos mornos. Para sermos quentes temos de pagar o preço de incomodar os frios. Para sermos ricos em Deus, precisamos pagar o preço. Paulo nos adverte que alguns edificam com materiais baratos como madeira, palha e feno porque não querem pagar o preço pelo ouro, pela prata e pelas pedras preciosas (1Co 3.12).
O primeiro item que eles precisam comprar é o ouro. Na Bíblia, o ouro refinado aponta para a glória, para a presença e a natureza do próprio Deus. Todas as vezes que o Senhor fala, sua Palavra é ouro; sempre que o Espírito flui, sua unção é ouro. É por isso que, muitas vezes, os irmãos têm visão de ouro chovendo em nossas reuniões. Sempre que Deus se move, isso é ouro. A riqueza que possuímos é só uma: Sua unção em nossas vidas. Quem não tem unção é pobre, não tem nada. O pobre é aquele que nunca tem nada para compartilhar, nada para dizer da parte de Deus — esse é pobre. Esse ouro de Deus, porém, não pode ser distribuído gratuitamente — ele tem um preço. É preciso pagá-lo. O Senhor aconselhou a Igreja a comprá-lo. Unção não acontece por acaso, alguém a adquiriu.

b. Vestiduras brancas
O segundo item a ser adquirido são vestiduras brancas. Elas nos falam das vestes nupciais e devem ser compradas. Depois da veste de salvação, precisamos da veste nupcial tipificada pelas roupas bordadas do Salmo 45.14 e também pelo linho finíssimo de Apocalipse 19.8.
A veste nupcial é feita de nossos atos de justiça, ela nos qualifica a participar do reino e da festa das bodas. Todos devemos ter as duas vestes: as de salvação — que é o próprio Cristo (Rm 13.14; Gl 3.27), e as nupciais — que são os nossos atos de justiça (Is 61.10). Quanto às nupciais, devem ser compradas, o preço é tecê-las com os nossos atos de justiça, porque o linho finíssimo simboliza os atos de justiça dos santos (Ap 19.8).

c. Colírio para os olhos
Por fim, o Senhor aconselha a Igreja de Laodicéia a comprar colírio para que possa ver (v. 18). Esse “ver” é algo inerente ao espírito. Colocar colírio nos olhos significa buscar um coração receptível. A Igreja de Laodicéia era arrogante e julgava que não precisava aprender nada com mais ninguém. Quem não se dispõe a aprender com os outros também não vai aprender diretamente com o Senhor.
Não devemos tentar aprender sozinhos, por orgulho, aquilo que nosso irmão sabe. Deus vai nos resistir. Entretanto, se nos dispomos a aprender com o irmão, a luz de Deus virá através dele. Se em nossa cidade, o Senhor está se movendo em algum lugar, devemos ir até lá para aprender; se não o fizermos e tentarmos aprender sozinhos, Deus poderá nos resistir, porque Ele não se agrada do soberbo.

d. Eis que estou à porta e bato
A situação dramática dessa Igreja pode ser percebida no verso 20:
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Ap 3.20)
Que igreja é essa que o Senhor está de fora batendo? Que condição miserável é esta que coloca Jesus do lado de fora chamando? Os comentaristas concordam que essa porta que o Senhor está batendo é a porta do coração. Laodicéia é, portanto, uma igreja que não possui Jesus no coração. Talvez o tenha na doutrina, ou na liturgia, nunca no coração.
Ainda assim, o Senhor reafirma: ainda há tempo para você, “eu disciplino a quem amo e eu estou batendo na sua porta agora”. A entrada do Senhor no coração dessa igreja não é para salvá-la, pois eles são salvos, caso contrário não seriam Igreja. O Senhor quer cear com eles. Cear é questão de comunhão, de querer estar com Ele e amá-lo. Na Bíblia, comer junto é algo muito sério, compartilhar o pão é só para amigos. Os judeus, por exemplo, jamais comiam com os gentios. Laodicéia é uma igreja que não tem uma comunhão com o Senhor porque não tem amizade com Ele. Jesus disse que os seus amigos são aqueles que fazem a sua vontade. A Igreja de Laodicéia não conhece e nem tampouco pratica a vontade do Senhor.
É difícil abrir a porta quando a casa está cheia e não há mais espaço. Certa vez, um professor chegou diante de sua sala de aula com uma jarra de vidro. Queria ensinar algo profundo aos seus alunos. Diante deles colocou uma grande pedra dentro da jarra e perguntou: esta jarra está cheia? Todos concordaram que sim. Ele então pegou cascalho e colocou dentro da jarra. Os cascalhos penetraram nos espaços vazios. Ele então perguntou pela segunda vez: está cheia? Os alunos ficaram um pouco encabulados, mas concordaram que estava cheia. Mas ele saiu ainda e trouxe uma areia bem fina e despejou na jarra. A areia penetrou nos espaços que havia entre os cascalhos e a pedra. Pela terceira vez ele perguntou: está cheia? Agora ninguém ousava responder, porque nem imaginavam o que poderia vir a seguir. O professor então disse: agora eu vou de fato encher a jarra. Ele veio, colocou água dentro da jarra que preencheu todos os espaços vazios.
Depois de tudo isso ele perguntou: que lição vocês aprenderam com esta experiência? Eles responderam rapidamente: isto é fácil. Não importa o quão ocupados estejamos, sempre há espaço para mais algum compromisso. O professor retrucou. Esta lição é boa, mas há uma mais profunda ainda: se vocês não colocarem a pedra primeiro, depois não tem mais jeito. Se não formos criteriosos, poderemos encher nossas vidas de outras coisas até o ponto de não haver mais espaço para a Pedra.

4. A recompensa do vencedor — 3.21,22
O que é ser um vencedor? As pessoas pensam que o vencedor é alguém fora do comum, vivendo num padrão superior ao dos demais. Entretanto o vencedor é aquele que não abandona o primeiro amor. Vencedor é aquele que rejeita as obras dos nicolaítas, a doutrina de Balaão e as profecias de Jezabel. O vencedor é um Antipas, que não apenas tem o nome de que vive, mas está vivo realmente. Vencedor é aquele que conserva o que tem, que não é morno, mas quente. Enfim, é aquele que não tem medo de ser radical em Deus, nem de abrir a porta para o Senhor entrar e cear. A ele, o Senhor promete uma maravilhosa recompensa:
Dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu tronoassim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono. (Ap 3.21)

Pr. Aluízio A. Silva






igreja de Filadélfia

“Filadélfia” significa “amor fraternal”, é a igreja do amor fraternalApenas duas igrejas não receberam repreensão do Senhor: Filadélfia e Esmirna. Elas têm pelo menos três coisas em comum. A igreja em Esmirna tinha um problema com os falsos judeus (Ap 2.9), a igreja em Filadélfia também (Ap 3.9). As duas igrejas são provadas, e a promessa para ambas seria receber a coroa (Ap 3.11). São duas igrejas muito semelhantes.
Cremos que as igrejas depois de Tiatira vão estar aqui por ocasião da volta do SenhorQual é a base para essa afirmação? Porque em cada uma delas há uma menção da volta do Senhor. Na igreja em Tiatira, há a menção da Estrela da Manhã; na igreja em Sardes, o Senhor vem como ladrão e na igreja em Filadélfia se menciona a hora da provação que há de vir sobre todos que habitam sobre a terraou seja, a Grande Tribulação. Essas três igrejas falam da volta do Senhorportanto são igrejas que apontam para o nosso tempo.
igreja em Tiatira representa profeticamente a igreja da Idade Média que continua até hoje. A Igreja de Sardes aponta para a igreja reformada que também continua até hoje.
Igreja de Sardes saiu de Tiatira e a Igreja de Filadélfia sai de Sardes. Se a Igreja de Sardes aponta para a Igreja reformada, para qual período aponta a de Filadélfia? Ela aponta para o cristianismo dos séculos dezoito e dezenove, quando houve uma reação ao formalismo e a frieza das igrejas protestantes reformadas.
Esse foi um movimento que enfatizava um relacionamento próximoamoroso e íntimo com Deus. A Igreja de Filadélfia profeticamente representa aquelas igrejas que rejeitam o formalismo mortoNão existe um movimento únicosão pequenas congregações espalhadas por toda a terra.
1. A revelação do Senhor — 3.7
Estas coisas, diz o santo, o verdadeiroaquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá. (Ap 3.7)
Isso é maravilhosoNinguém pode fechar a porta que Ele abre. Se Deus nos colocou numa posição sairemos dali quando Ele quiser. Mas não devemos pensar que toda porta aberta por Ele significa que Deus deseje que fiquemos nela indefinidamenteNaturalmente, a porta do casamento é para o resto da vidamas portas de emprego podem ser abertas hoje e fechadas depois. O Senhor fecha uma porta hojepara amanhã abrir uma maior ainda. Muitas se abrirão porque o Senhor nos conduz de glória em glória.
Não se deve desanimar se porventura uma porta se fechar. Conta-se quecerta vezum homem estava viajando num barco que naufragou,  ele escapou. Ele foi então parar numa ilha desertaAli, tentando sobreviver debaixo de chuva e sol, clamou a Deus, e pediu a graça de poder construir uma choupana para se abrigar dos elementos da natureza. O Senhor o capacitou e ele construiu uma choupana. E  vivia com tranqüilidademas o seu desejo era ir emboraAté que um dia ele orou ao Senhor pedindo-O que enviasse alguém para resgatá-lo. Numa manhãele estava na praia e começou a choverquando de repente um raio caiu em cima da sua choupana incendiando-a. Aquilo o deixou desolado e chateado com DeusPrimeiro, o barco afundara e agora a choupana tinha sido destruída. “Numa ilha tão grande o raio tinha que cair justamente em cima da minha choupana?”, Lamentava ele. Parado na praia, se martirizando vendo a choupana pegando fogo, percebeu que um navio vinha em sua direçãoFinalmente seria resgatado. Depois de subir no navio, perguntou ao comandantecomo é que vocês descobriram que eu estava perdido aqui? O comandante respondeu: nós não sabíamos, mas de longe vimos uma choupana queimando e imaginamos que fosse o sinal de alguém pedindo socorro.
Às vezespara o barco da salvação chegarDeus tem de queimar sua choupanaEsse incêndio é  um sinal de que algo maior está vindo  do mar. O Senhor tem as chaves.
2. Mensagem à igreja — 3.8-11
Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar. (Ap 3.8)
igreja em Filadélfia tem prosperado e crescido. As igrejas que avançam nessa visão de relacionamento intenso com Deus e de comunhão profunda são igrejas que crescem e ninguém pode resisti-las.

a. Tem pouca força
Filadélfia, porém, é uma igreja de pouca forçaCertamentenão se refere aqui à sua força espiritualmas à sua força política. Tiatira e Sardes são igrejas fortes, ambas são mantidas por verbas de governos em muitos países europeusmas as igrejas representadas por Filadélfia são igrejas independentessem poder político.

b. Não negaste o meu nome.
No verso oito, o Senhor diz que Filadélfia guarda a Sua Palavra não negando o Seu nome. É interessante que a Igreja de Sardes, que aponta para as Igrejas reformadas, valoriza muito o nomePara elas, o nome vem antes de ser cristão. É comum ouvir as pessoas dizerem “eu sou isso ou aquilo”, antes de se declararem cristãosMas Filadélfia não é assim. O nome não importa, não faz diferença a placa que está na porta do prédio. Precisamos ter cuidado para não negar o nome do Senhor amando o nome de uma denominação.

c. A Sinagoga de satanás
Alguns problemas são recorrentes entre as Igrejas. O primeiro foi a questão dos nicolaítas que aparece nas Igrejas de Éfeso e Pérgamo. A segunda questão é o problema do judaísmo.
Analisamos a questão do judaísmo quando falamos da Igreja de Esmirna. O que é o judaísmo? O judaísmo possui quatro condições que o caracterizam. A primeira é o templo. O templo era o lugar onde Deus morava, mas hoje Deus não habita em casa feita por mãos humanas (At 7.48). A Igreja do Senhor é a habitação de Deus.
segundo elemento que caracteriza o judaísmo é a Lei. Essa lei era exteriorescrita em tábuas de pedrasHoje a lei do Espírito está escrita na tábua do nosso coração. Essa é uma grande diferença.
Em terceiro lugar, no judaísmo existia a figura do sacerdote responsável pela mediação entre Deus e os homens. No cristianismonós somos feitos sacerdócio real e nação santa (1Pe 2.9). Não se precisa mais da mediação do homemnem precisamos que outro ouça a Deus e nos transmita. Cada um de nós, do menor ao maior, pode conhecer a Deus e ouvi-lo.
quarto elemento que caracteriza o judaísmo são as promessasHebreus 8.6 afirma que as promessas da nova aliança são muito superiores.
No verso nove, o Senhor diz que fará com que alguns dos que são da sinagoga de satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, venham e prostrem-se aos pés da Igreja e conheçam que o Senhor tem amado Filadélfia. A Igreja não tem nada a ver com o judaísmoNão temos que voltar para as práticas judaicas, devemos antes seguir as práticas apostólicas.

d. Guardaste a Palavra da perseverança
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, disse Jesus, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiropara experimentar os que habitam sobre a terra” (v. 10). Qual é a provação que há de vir sobre toda terra? É a Grande Tribulação. A promessa é que os irmãos de Filadélfia serão guardados dela. Porque serão guardados? Porque guardaram a palavra da perseverança.
Igreja que será arrebatada é a de Filadélfia. A Igreja que ama o Senhorque ama uns aos outros, a Igreja do amor fraternalEla será guardada da hora da tribulação.
Nosso encargo é ser Filadélfia. Nosso anseio é ser qualificado como ela diante de Deus.
3. A recompensa do vencedor — 3.12,13
promessa é de ser guardado da hora da tribulação. A hora da provação, nesse contexto de Apocalipse, refere-se à Grande Tribulação. O que eles tinham era a Palavra e o testemunho. O Senhor manda que conservem o que têm para que ninguém roube a coroa deles.
Venho sem demoraConserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa. (Ap 3.11)
Esses irmãos de Filadélfia  possuem a coroatodavia ela pode ser tomadaPor isso o Senhor adverte: conserva o que tens, porque pode ser perdido.
A salvação é algo que  está definido na nossa vida. É eterna e ninguém poderá tomá-la. A coroaporém, é algo que pode ser tomado. A coroa ou o prêmio depende de como nós terminamos a corridaUm atleta pode começar mal a corridamas no meio do trajeto pode se recuperar e até vencê-la. O que importa é a maneira como ele finaliza. Algumas pessoas começam bem e terminam maloutrosporém, começam mal e terminam bemPara Deus o que interessa é o fim da carreira.
Por isso não podemos ficar acomodados pensando que a questão da recompensa  está resolvida. A recompensa está em aberto. Salomão foi alguém que começou bemUm dia, o Senhor apareceu-lhe e disse: Salomão peça o que quiser, meu filhoeu lhe darei. Salomão começou bem, pediu sabedoriaMas como terminou? A Bíblia registra que ele se casou com setecentas mulheres e se envolveu com idolatria por causa delas.
Jacó, por outro lado, começou mal, enganando o pai e o irmãomas teve um fim diferenteDepois de lutar com Deus, foi transformado em Israel — Aquele que lutou com Deus e prevaleceu.
nossa trajetória pode ter iniciado malmas o importante é o final da históriaNão devemos nos acomodar por causa de um bom começo, o que interessa é como concluiremos diante de Deus a nossa carreira. É por isso que Ele adverte sobre conservar o que temos (Ap 3.11).  A coroa que você tem pode ser passada para outro se você parar ou desviar-se do alvo no meio do caminho.
coroa nos fala de uma posição que esta igreja  possui, mas que pode ser perdida. Perde-se a coroa quando delega-se a outros o que não poderia ser delegado. Saul perdeu definitivamente a coroa no dia em que delegou a Davi a responsabilidade de lutar com Golias. Quantos pastores têm perdido suas igrejas porque delegaram a direção a outros. Quantas esposas delegaram para secretárias a sua responsabilidade para com o maridoQuantos pais delegaram a educação dos filhos a outrosTodos eles perderam a sua posiçãoporque passaram a coroa. Na verdade, a coroa não é forçosamente tomadasimplesmente a entregamos.
Ao vencedor fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá. (Ap 3.12)
Ser coluna é uma grande glória. É ser sustentação e ornamento. Será coluna no futuro aquele que  é coluna hoje na igrejaDeus nos deu um testemunho para sustentarmos. Aquele que resiste é coluna.
Ser considerado coluna é ter primaziaposição de muito maior honra. Retire a coluna e o prédio cairá. Uma coisa é ser paredeoutra é ser colunaAlguns são pedras de edificaçãooutros são colunas de sustentação (1Pe 2.4,5). Sem coluna não há prédioNinguém pode tocá-la indevidamenteninguém pode furá-la inadvertidamente. É posição de honra.
cada igreja, o Senhor dá uma promessa para o vencedor. Seu propósito é a nossa vitóriaSer um vencedor é responder em cada uma das advertências que o Senhor faz a cada uma das igrejas.



Igreja de Sardes

“Sardes” significa “remanescente”. Profeticamente, a igreja em Sardes aponta para a época da reforma protestante. A igreja em Sardes simboliza a igreja reformada.
Essa foi uma época em que muitos foram usados como instrumentos de Deus para fazerem uma revoluçãoHomens como Martinho Lutero, João Calvino, Zwinglo, John Knox e outroscujos escritos ainda hoje nos servem de base para compreendermos a Palavra de DeusHomens que foram usados pelo Senhor para trazerem luz numa época de densas trevasonde não havia completo conhecimento dEle. Alguns desses homens até perderam as suas vidas para trazerem de novo ao mundo a revelação da justificação pela , do sacerdócio universal de todo crente e do livre acesso à Palavra de Deus.
1. A revelação do Senhor — 3.1
Para a Igreja de Sardes, o Senhor se apresenta como aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelasDeus não possui realmente sete Espíritos. O sete simboliza o que é pleno e sete vezes intensificado. É uma manifestação mais intensa porque essa é a necessidade dessa igreja.
Por esta razão, Jesus se apresenta a esta Igreja como aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas. No capítulo 1, verso 20 vê-se que as estrelas são os anjos das igrejasisso significa, portantoque o Senhor deseja incendiar a Igreja através do seu líder.
2. Mensagem à igreja — 3.1-4
Apesar de toda a revolução que essa igreja provocou, o Senhor coloca aqui um problema:
Conheço as tuas obrasque tens nome de que vives e estás morto. (Ap 3.1)
Isso significa que esta igreja tinha aparênciamas não possuía realidade. Na época da Reforma Protestante, havia uma forte ênfase na doutrina. A preocupação era com a ortodoxiaEra preciso ter uma doutrina corretaEles se preocupavam com uma  (corpo de doutrinacorretamas não se preocupavam com um relacionamento vivo com Deus. Uma ortodoxia correta sem um coração intenso é o mesmo que morte diante de Deus. O alvo final da  é o relacionamento. Se a  não atinge o seu objetivoela se torna mortaApenas ter a doutrina certa não serve para DeusEle está preocupado em conquistar o nosso coração. O Senhor diz que as obras desta Igreja não são inteiras e completas. Não basta abrir a Bíblia e ter a doutrina, precisamos ter o Senhor e a Igreja.
O vencedor é aquele que tem realidade e não apenas nome. O Senhor abomina quem tem aparência sem realidade e mantêm uma pose de piedade, uma aparência de espiritualidade e de zelomas que, na verdadenão tem fogo queimando diante de Deus.
Isso nos lembra os fariseus. Falavam a coisa certamas não praticavam. É melhor ser um pecador batendo a mão no peito, clamando a Deus, do que ser um fariseu cheio de ortodoxia corretamas morto.
Na Igreja Reformada, isso acontece. O que eles ensinam é correto. A teologia reformada é, na verdade, a mais corretaMas não têm a realidade daquilo que pregam, pois não sabem o que é um coração intenso e apaixonado pelo SenhorNão entendem o que é um crente faminto e sedento de justiça e da presença do SenhorEles estão interessados apenas em que as pessoas aprendam doutrinas exatas, mas não se preocupam em levá-las a se relacionarem com o noivo tal uma noiva apaixonada. Para se casar não basta que a noiva seja corretaela precisa estar apaixonada.
Devemos fazer uma coisa sem omitir a outra. Precisamos crer da maneira certamas é necessário também ter o coração certo diante do Senhor. O versículo três revela que esta igreja estará aqui por ocasião do arrebatamento.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (Ap 3.3)
As igrejas reformadas estarão aqui por ocasião do arrebatamento, pois é para elas que o Senhor faz essa grave advertência.
No arrebatamento, o Senhor vem como o ladrão. É como ladrão porque ninguém saberá a horaEle não avisa a hora em que vem. Assim será no dia do arrebatamento. A Sua voltaporém, será diferenteEle virá nas nuvens e todo o olho o verá. Muitos sinais precederão a Sua vinda nos ares.
Em Sardes, havia umas poucas pessoas que eram dignas e para elas o Senhor diz que andarão ao seu lado (Ap 3.4). Algum homem é digno de andar ao lado de Jesus? Certamente não. A chave para a compreensão desse texto é a roupaVestes simbolizam nosso relacionamento com Deus. Se vamos comparecer diante de Deus precisaremos de dois tipos de roupas. A primeira está em Gálatas:
Porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. (Gl 3.27)
As primeiras roupas são as vestes de salvação que nos capacitam a estar com o Senhor, a participarmos da glória. A veste de salvação nós recebemos de presente do Senhor Jesus quando fomos salvos (Is 61.10).
Apocalipse fala a respeito de uma segunda roupa:
Pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puroPorque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. (Ap 19.8)
primeira roupa é um presentemas a segunda roupa nós mesmos a estamos tecendo com nossos atos de justiçaDepois de salvos recebemos uma roupa para tampar a nossa nudezmas esta roupa não é a que a noiva vai usar no casamento.
Em Mateus, lemos a parábola das bodas (Mt 22). Nela, o Senhor vai às bodas de casamento do seu filhoencontra um cidadão que não estava vestido com roupa de casamento, e pergunta-lhe: Como entraste aquiamigoNaturalmente ele entrou porque tinha a veste de salvação. Todavianão tinha o direito de estar ali porque não estava vestido apropriadamente para a ocasião. As vestes de salvação o habilitam para a vida eterna, e os atos de justiça o habilitam a participar das bodas e receber a recompensa.  A recompensa não é destinada para quem possui apenas as vestes de salvação, é destinada para quem teceu com atos de justiça as suas vestes nupciais.
3. A recompensa do vencedor — 3.5,6
Senhor diz aos vencedores que “de modo nenhum apagará o seu nome do Livro da Vidapelo contrário, confessará o seu nome diante do Pai e diante dos seus anjos” (v. 5). Ter o nome escrito no Livro da Vida é salvação, mas ser confessado é a honra da recompensa.
Andar com o Senhor naquele diavestido de branco como Ele está vestido, é uma recompensa que nem todos receberão, porque nem todos são dignos de andar com o Senhor andará com o Senhor  quem  caminha com Ele aqui. Esta é a obra que Ele espera. Se andarmos com o Pai aquinós manifestaremos atos de justiçaporque Ele nos guia por veredas de justiça.
Hojequando dizemos que andamos com Ele, significa que nós O seguimos, andamos após Ele. Se hoje seguirmos as suas pegadasnossa vida se encherá das Suas obras.
Naquele diaporém não mais andaremos após Ele, e sim, ao Seu ladoHoje caminhamos atrás dEle porque O seguimos. Ele vai à frente e nós pisamos em suas pegadasmas, naquele dianós andaremos ao lado dEle, porque estar a Seu lado é desfrutar de uma posição de honra anda ao lado quem é amigo e digno.
Naquela época, o homem andava à frente e os seus escravos iam atrásHojecomo servos do Senhor, estamos andando atrás dEle, porque somos Seus escravosSeus servosMas, naquele diaquando Ele for nos honrar, vai colocar-se ao nosso ladoIsso é válido somente para aqueles que são dignos. Essa será a grande glóriaquando alguém perguntarquem é aquele que está andando ao lado de Jesus? Nossa glória será sermos vistos ao lado dEle. Qual é a glória das pessoas hoje em diaNão é serem fotografadas ao lado de pessoas importantes e famosas? Estar ao lado de alguém importante nos faz importantes também.
“O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vidapelo contrário, confessarei o seu nomediante de meu Pai”. Isso é maravilhoso! O que é melhor?  Conhecer alguém importanteou ser conhecido por eleMelhor ainda é ser reconhecido por ele diante de todosEu me lembro queanos atrásquando ainda era adolescente, havia uma grande igreja em minha cidade. Os pastores dali eram famosos e muito conhecidos. Havia um grande moverCerto diajuntamente com outros irmãos, fomos visitar aquela igrejaQuando chegamos à porta, o pastor da igreja estava eu ia passando sem dizer nadamas, de repenteele me chamou pelo nomeEu olhei para os meus amigos e sorri: “Tá  vendo? Ele me conhece”.
Provavelmente, não existe palavra mais linda nos lábios dos outros do que o nosso próprio nomeHoje nós O confessamos diante dos homensmas naquele dia Ele vai nos confessar diante do Pai e dos seus anjosEle vai dizerPaiesse aqui é o João, meu amigo. E o João vai inchar de tanta glória.
Não tem glória maior do que ser confessado e conhecido por Ele. Conhecê-lO garante salvação, mas ser reconhecido por Ele dá direito ao reino.
respeito da expressão: “de forma alguma apagarei o seu nome do Livro da Vida”, parece que muitos a entendem como sendo uma ameaça da perda de salvação. O texto não diz que, de fatoEle apagará,  diz que de jeito nenhum vai apagar. Se tivesse jeito de apagarainda assim Ele não o faria de forma alguma.
Alguns pensam que Deus escreve com lápis. Se você pisou na bola,  Ele apaga; arrependeu-se, escreve de novo. Se fosse assim muitos nomes  teriam feito um buraco no Livro da Vida de tanto apagar e escreverapagar e escrever novamente. Os dons de Deus são irrevogáveis e a caneta que Ele usa não tem borracha que apaga. A salvação é um presente e não fica bem pegar presentes de volta. Se fosse um contratoele poderia pegar de volta a parte dEle se deixássemos de cumprir a nossaMas é uma dádiva que nos foi dada quando menos merecíamos.
Não estou insinuando que o Senhor quer que vivamos uma vida cristã torta, estou apenas dizendo quemesmo depois de salvos, às vezes pisamos na bola. João, porém, diz que temos um advogado. Jesus é o nosso advogadoVocê acha que Ele está disposto a apagar nosso nome do Livro da VidaEle é o nosso advogado.
Precisamos descansar na fidelidade de Deus. O nosso nome foi escrito e jamais será apagadoporque foi escrito com o sangue de Jesus que é uma marcaEu diria ainda maisnosso nome foi escrito com letras de fogo. Se o nosso coração foi queimado, recebemos uma cicatriz que jamais pode ser apagadaDepois de confessar o nosso nome Naquele Diacom a voz como de muitas águas para que todo o céu escute, Ele ainda nos dará um novo nomeHoje nós o louvamos, mas Naquele Dia Ele nos louvará. Hoje nós O exaltamos, entãoEle nos tomará pela mão e a Seu lado caminharemos juntos.
Há um ditado: “dize-me com quem andas e eu te direi quem tu és”. Eu ando com Jesus, agora me diga: quem eu sou? E vocêcom quem anda?



A igreja de Tiatira

A razão pela qual estudamos a Bíblia é porque queremos conhecer a vontade de Deus. Todavia, conhecimento traz consigo responsabilidade: “Aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc 12.47,48). O Senhor vai requerer de cada um de nós tudo aquilo que Ele nos tem ensinado.
Todavia, é falsa a idéia de que a ignorância nos desculpa diante de Deus. Aquele que errou por que não sabia a vontade de Deus será disciplinado mesmo assim, ainda que menos severamente (Lc 12.48). Mas aquele que aprendeu e teve a revelação da Palavra, que a conhecia profundamente, sabia qual era a Sua vontade e não a colocou em prática, este será disciplinado mais severamente. Por isso, é preciso agirmos seriamente, pois, a partir do momento em que os nossos olhos são abertos, temos uma responsabilidade diante do que nos foi revelado.
 O Senhor não nos chamou apenas para sermos ouvintes da Palavra, ou para deixar-nos deslumbrados com as coisas espirituais. Ele quer mudar a nossa vida mediante o poder da Palavra. Mas, para que isso ocorra, é necessário que nos coloquemos sob a influência dela. Devemos nos permitir ser transformados pela Palavra de Deus. Ela deve influenciar o nosso modo de pensar, de agir e de falar. 
Queremos mais que ser uma grande igreja ou um povo numeroso. O nosso maior desafio é sermos considerados dignos do nome — cristãos — que levamos sobre nós. Que alguém possa algum dia dizer: “Este povo realmente se parece com Jesus. Esta igreja pode ostentar o nome de Cristo”.
Nos capítulos anteriores analisamos as Igrejas de Éfeso, Esmirna e Pérgamo. Cada uma delas aponta profeticamente para um período da história da Igreja: Éfeso é a Igreja do primeiro século, Esmirna, dos séculos dois e três, e Pérgamo, do século quinto. Historicamente, todas essas três Igrejas já passaram. Vamos estudar agora as Igrejas de Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Estas quatro estarão aqui na terra quando Jesus voltar.
Ao todo — do início ao fim — são sete igrejas. O numero sete é um número de perfeição, representa a consumação do plano da redenção na história. Estas sete igrejas são divididas em dois grupos. As primeiras três formam um grupo porque nas cartas destinadas a elas não se menciona a volta de Jesus e todas elas trazem o mesmo padrão de promessa para os vencedores. As últimas quatro formam o segundo grupo. Nestas se menciona a volta de Jesus e o padrão de promessa aos vencedores foi mudado realçando mais a posição no reino. Isso prova que as três primeiras igrejas formam um grupo e as quatro últimas, outro grupo. Podemos assim afirmar que estas quatro são as que permanecerão até a volta do Senhor.
A palavra Tiatira significa sacrifícios de perfumes ou odor de aflição. A Igreja de Tiatira, profeticamente, aponta para o período da idade média com o governo do papado de Roma.
 Até o quarto século, a Igreja foi perseguida e considerada proscrita pelas autoridades romanas. Mas, com a conversão de Constantino, o cristianismo saiu da ilegalidade, tornando-se a religião oficial de seu Império. As conseqüências dessa união com o Estado foram terríveis: de um lado, a doutrina dos nicolaítas, estabelecendo uma casta clerical na Igreja, extinguiu as funções do corpo; de outro lado, com o estabelecimento da sede da Igreja em Roma, ela alcançou hegemonia sobre as demais e estabeleceu o papado (no sexto século). Dessa forma, Tiatira tornou-se a Igreja Católica Romana. 

1. A revelação do Senhor — 2.18
Para cada Igreja, o Senhor se revela de uma maneira diferente para atender uma necessidade específica. À Igreja em Tiatira, o Senhor se revela como “o Filho de Deus”: “Estas coisas diz o Filho de Deus...” (v. 18a) — e não como “o filho de Maria”.
A Bíblia desfaz o matriarcado de Tiatira ao apresentar Jesus como juiz soberano e absoluto. Ele “tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido” (v. 18b). Tanto o fogo como o bronze simbolizam o julgamento e o juízo de Deus. O Senhor Jesus está julgando a Igreja. Seu julgamento é acompanhado por olhos semelhantes à chama de fogo. É um olhar que a tudo perscruta e diante do qual nada fica oculto ou obscuro.

2. Mensagem à igreja — 2.19-25
Em primeiro lugar, o Senhor diz que conhece as obras dessa Igreja: 

a. Conheço as tuas obras...v. 19
Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. (Ap 2.19)
Existe algo de bom dentro da Igreja Católica. É até provável que existam pessoas salvas dentro dela. Alguém pode surpreender-se com o que o Senhor diz aqui a respeito da perseverança e das últimas obras, mais numerosas do que as primeiras (v. 19). Nós temos a tendência de achar que o catolicismo é completamente maligno, mas isso é um exagero. O catolicismo também é cristianismo. É possível que a qualifiquemos de uma Igreja apóstata, degradada e prostituída. Mas é Igreja, e, como tal, existe ou existiu alguma coisa boa nela. As últimas obras dessa Igreja serão mais numerosas do que as primeiras. 
Equivoca-se quem pensa que a Igreja Católica não faz obras ou que os católicos não crêem em Deus. A Igreja Católica faz obras sim. Eles crêem em Deus certamente. Precisamos ser cuidadosos. Não saia por aí malhando a Igreja Católica ou os católicos. Não tenha aquela atitude mesquinha e tola de chegar para o católico dizendo que ele está indo para o inferno ou que serve ao diabo. Esse não é o testemunho de Cristo. 
Evidentemente, existem muito menos católicos do que se imagina, pois nem todos os que se dizem católicos o são de fato. A CNBB estima que cerca de 9% dos brasileiros realmente sejam católicos. Aqueles que dizem que são católicos “não praticantes” na verdade não o são. Como alguém pode ser algo sem praticar? É como se alguém dissesse: sou honesto não praticante ou ladrão não praticante. Quem não pratica não é.
Católico é aquela pessoa que acredita e pratica o ensino da Igreja. O restante é católico só no nome, apenas por tradição familiar. Há exemplos: A Igreja Católica proíbe o uso da pílula anticoncepcional, mas quem obedece? Conforme o Vaticano é pecado a relação sexual que não se destina a gerar filhos, mas quem lhe dá ouvidos? E quanto ao aborto e o divórcio? Quem liga? A maioria dos que se dizem católicos nem sabe o que professam. 
A Igreja Católica é simbolizada no capítulo 17 pela Grande Babilônia, mas aqui é representada por Jezabel (v. 20). Quem era Jezabel? Era uma sacerdotisa de Baal, que se casou com Acabe, rei de Israel. Ela foi responsável por levar Israel a prostituir-se com a idolatria pagã. Influenciado por Jezabel, o rei Acabe não apenas serviu e adorou a Baal, mas também lhe edificou casa e altar em Samaria (1Rs 16.30-32).
Jezabel era somente esposa de Acabe, rei de Israel. No entanto, quem governava, de fato, era ela. Jezabel morreu, comida por cães, como punição de Deus. 
Em Apocalipse 12, a mulher é a Igreja, enquanto, no capítulo 17 é uma meretriz simbolizando a grande Babilônia. Por uma questão de coerência, a mulher aqui deve significar a própria Igreja de Tiatira, que, por ser adúltera, possui algo da grande meretriz do capítulo 17. Prostituição na Palavra de Deus é um símbolo de idolatria.
Jezabel neste caso, é a mulher do capítulo 17. Ela perseguiu e matou muitos homens de Deus em Israel. Em contrapartida, a Igreja Católica foi a instituição que mais perseguiu e matou os servos de Deus através da História. Na Idade Média, o número de fiéis que foram mortos e perseguidos por essa Igreja — assim como o fez a sua homônima, Jezabel,  no Antigo Testamento — atingiu cifras inacreditáveis. Assim como Jezabel, a Igreja Católica matou muitos homens de Deus.

b. A mulher Jezabel. v. 20
Desse modo, o Senhor conservou sete mil (1Rs 19.18). Nos dias de Jezabel, ele também deve conservar um grupo dentro da Igreja de Tiatira. O verso 24 deve se referir a isto:
Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram como eles dizem as coisas profundas de satanás. (Ap 2.24)
Mateus nos fala da parábola da mulher que escondeu o fermento em três medidas de farinha até ficar tudo levedado (Mt 13.33). Há quem pense que esta parábola apresenta um significado positivo indicando o crescimento da Igreja. Não é verdade, porque, na Bíblia, fermento é sempre algo negativo, maligno e demoníaco. Fermento sempre simboliza pecado e hipocrisia (Êx 12.15; Mt 16.11; Mc 8.15; 1Co 5.7,8). Essa mulher maligna, que veio e colocou fermento na farinha pura, é Jezabel, que, neste caso, simboliza a própria Igreja Católica. O fermento de Jezabel é a idolatria e a prostituição. Depois de colocar o fermento, a massa pode até crescer, mas é um crescimento falso e impuro. No mesmo princípio, a Igreja Católica pode até ser grande, mas é um tamanho falso, fermentado.
Qual é a prostituição de Jezabel? Sempre que a Igreja Católica chega a um lugar ela se casa com os ídolos do lugar. Esta prostituição espiritual é chamada de sincretismo religioso. No Brasil, mistura-se com o espiritismo. Na Umbanda, São Jorge é Ogum, Maria é Iemanjá, Jesus é Oxalá. Isso é mistura e prostituição.
Na Bíblia, não existe oração pelos mortos, a Igreja Católica, apesar disso, absorveu o ensino dos cultos ancestrais das religiões orientais e instituiu o dia de finados.
O natal é outra das prostituições da Igreja Católica. Os europeus tinham o costume de adorar o deus sol e fazer uma festa celebrando o nascimento do sol em dezembro. A Igreja Católica transformou esta festa no natal com a árvore sagrada e o seu papai Noel. Em todo o lugar aonde vai, a Igreja Católica se prostitui. 
O culto católico é basicamente judeu. O sacerdote está paramentado como um sacerdote do Velho Testamento.  O catolicismo tem os santos, tem os ídolos, tem Maria e uma infinidade de outras pessoas canonizadas e beatificadas. 
Por que o culto católico gira em torno de Maria? Porque todas as outras religiões, com exceção do judaísmo e do cristianismo, têm uma deusa. O que a Igreja Católica fez? Inventou uma deusa. Por mais que um católico queira dizer que Maria não é deusa, ela é tratada como se fosse. Sempre que um católico se ajoelha diante de uma estátua de Maria (ou de outro santo de sua hagiologia), e reza ou lhe pede algo, ele o faz com reverência e temor.  Isso é prostituição espiritual. Maria é uma figura que foi tomada por empréstimo do paganismo e colocada como deusa. No cristianismo genuíno não existe nenhuma deusa.

c. As coisas profundas de Satanás
No versículo 24, o Senhor fala a respeito das coisas profundas de satanás. No original, a palavra traduzida por “coisas profundas” é bateia. Em outras partes da Bíblia, a palavra bateia é traduzida como mistérios. O fato mais marcante é que uma das palavras mais usadas na teologia católica é sem dúvida “mistério”. Se perguntar para um católico como ele prova que Maria foi glorificada e assunta ao céu, ele vai dizer que isso é um mistério. Foi exatamente em cima dos mistérios que a Igreja Católica criou os seus dogmas. O pão que se transforma no corpo e o vinho que se transforma no sangue é um mistério. A imagem que chorou sangue é também outro mistério. A Igreja Católica está, portanto, repleta de mistérios. Entretanto, nessa passagem, o Senhor chama esses mistérios pelo nome de bateia, isto é, são coisas profundas, não oriundas de Deus, pelo contrário, de satanás. 

3. A recompensa do vencedor — 2.26-29
Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. (Ap 2.26-28)
Em 1 Reis, o Senhor diz que preservou sete mil pessoas que não se deixaram prostituir por Jezabel:
Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou. (1Rs 19.18)
No mesmo princípio, existe um número de pessoas preservadas por Deus dentro de Tiatira. Sete mil pessoas, num universo de milhões, pode representar pouco, mas uma coisa é certa: Deus sempre tem os remanescentes fiéis no meio da mais absoluta treva. Você pode estar certo de que é possível alguém se salvar mesmo dentro da Igreja Católica. Não há dúvida. É preconceito achar que é impossível Deus estar ali. Ele sempre vai aonde o Seu nome é invocado de todo o coração.
Receber a estrela da manhã é participar do arrebatamento. Em Malaquias, Jesus é o Sol da Justiça (Ml 4.2) e, em Apocalipse, Jesus é a Estrela da Manhã (Ap 22.16). Mateus diz que todo olho verá a volta de Jesus (Mt 24.30) e Apocalipse diz que o Senhor vem como o ladrão (Ap 3.3; 16.15). Daí concluímos que a volta de Jesus é diferente do arrebatamento. O arrebatamento é oculto, numa noite quando somente a estrela da manhã pode ser vista, mas, na sua volta, Jesus virá como o sol da justiça e todo olho o verá.




A Igreja de Pérgamo

Nesses dias estamos estudando as cartas escritas às sete igrejas da Ásia menor. A carta foi escrita por João aos mensageiros (anjos) de cada igreja. Entregar uma mensagem por ser um trabalho de grande responsabilidade.
Frank Sosienski era um carteiro em Louisville, Kentucky, que não entregava parte das cartas que deveria entregar diariamente. Talvez por causa do clima muito quente, ou por causa do peso das correspondências, ou porque queria sair do trabalho mais cedo, ele deixou de entregar milhares de correspondências. Eventualmente houve queixas sobre cartas que não chegaram, foi quando se descobriu que as cartas nunca tinham sido entregues. Quando investigaram descobriram que a maioria dos malotes estava no sótão da casa de Frank, o carteiro.
Ao longo de um período de seis anos ele escondeu 15 toneladas de correspondências de outras pessoas. Eles descobriram mais de 1200 sacos do correio não entregue na casa de Frank Sosienski. O que se espera que um carteiro faça? A resposta obviamente é entregar as mensagens do correio. Um carteiro que não entrega o correio é alguém infiel e desleal. Ele não apenas fez seu trabalho mal feito, como na verdade foi desleal com a missão que recebeu.
Agora, o que se supõe que um cristão deva fazer? Há muitas maneiras de falar sobre o que é ser um cristão, mas uma definição muito boa é a de que um cristão é alguém que recebeu a incumbência de entregar uma mensagem. O vencedor é aquele que desempenha fielmente essa incumbência. O Senhor tem uma mensagem para essa geração e ele nos incumbiu de entregá-la.

O lugar da Igreja
A igreja em Pérgamo representa a igreja do quarto século, o período em que ela se uniu ao Império Romano sob o poder de Constantino. A palavra Pérgamo significa altura ou elevação. Em termos proféticos, Pérgamo representa também a igreja do quarto século, quando foi elevada à posição de religião oficial do império romano.
Constantino foi um imperador romano que se converteu ao cristianismo. Diz a tradição que, certa vez, quando saía para a guerra, ele teve uma visão. Ao olhar para o céu viu uma cruz e ouviu uma voz que lhe dizia: “Com este sinal vencerás”. Constantino fez então da cruz o seu símbolo e mandou colocá-la no brasão e nos escudos de seus soldados. Tempos depois, o imperador ouviu falar de uma religião de um certo Jesus que havia morrido crucificado. Essa seita tinha uma cruz como símbolo. Constantino entendeu que deveria fazer dessa religião a religião oficial do Império romano.
Se antes a perseguição era dirigida aos cristãos, agora que o imperador se tornou cristão, todos os que não eram cristãos, poderiam eventualmente, estar em apuros com o Estado. Assim todos queriam participar da religião do imperador. Não havia espaço nas reuniões das igrejas para acomodar tanta gente. O imperador ainda lançou uma espécie de incentivo religioso: prometeu aos que entrassem para a igreja um pedaço de pão, uma roupa nova e algumas moedas de prata. É por essa razão que a Igreja de Pérgamo significa casamento ou união. Pérgamo fala do dia em que a Igreja se casou com o mundo.
Pérgamo é a terceira das 7 cidades localizadas na costa de onde hoje fica a Turquia e era famosa por várias razões:
• Pérgamo era a capital da província romana da Ásia e foi um grande centro administrativo.
• Era o local de uma grande biblioteca que se dizia conter mais de 200.000 rolos de pergaminho. Na verdade, o nome pergaminho vem da palavra Pérgamo porque ali o pergaminho foi inventado. Até esse tempo, toda a escrita era feita em papiros feitos de juncos que cresciam nas margens do rio Nilo. Os egípcios tinham o monopólio sobre a produção de papiro e eles construíram a maior biblioteca do mundo na cidade de Alexandria.
Diz a história que o rei de Pérgamo, na tentativa de melhorar a reputação da sua própria biblioteca, tentou contratar o bibliotecário-chefe e grande estudioso de Alexandria. Mas o rei do Egito soube disso e prendeu o pobre bibliotecário para impedi-lo de sair, e ainda cortou o fornecimento de papiro para Pérgamo. Bem, Pérgamo tinha que fazer alguma coisa, então eles desenvolveram algo novo, um processo pelo qual as peles de animais podiam ser prensadas e tratadas para manter a escrita. E assim foi a invenção do pergaminho, tudo por causa de um incidente internacional criado com a contratação de um bibliotecário.
• O primeiro templo para adoração do imperador surgiu em Esmirna, mas o primeiro templo erigido em honra de um imperador vivo, foi construído em – adivinhe onde – Pérgamo. A pressão para que todos adorassem o imperador era muito grande em Pérgamo.
• Por fim, como acontecia com todas as outras cidades daquela época, Pérgamo adorava uma série de deuses. Eles tinham um grande templo para cada um dos maiores deuses gregos. Eles tinham um templo para Zeus, que era o maior de todos os deuses, Dionísio, o deus do vinho e drama, Atena, a deusa da sabedoria, da arte e da guerra e para Esculápio, o deus da cura. É interessante que o símbolo de Esculápio era uma cobra. Até hoje o símbolo da medicina é uma cobra.
Apenas o altar de Zeus tinha 30m quadrados e cerca de 4 andares de altura. Talvez seja por isso que o Senhor disse que o trono de satanás estava em Pérgamo (v. 13). Pode ser também que o Senhor estava se referindo ao fato de haver naquela cidade uma grande adoração ao imperador. O fato é que Satanás exercia um poder real em Pérgamo.

1. A revelação do Senhor — 2.12
Estas cousas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes. (Ap 2.12)
Por que uma espada? Porque ela é apta para separar. A espada do Senhor separa, divide alma e espírito, juntas e medulas, e distingue os pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Essa espada é para separar a Igreja do mundo. No verso 16, o Senhor diz que virá com a espada da sua boca, para destruir as falsas doutrinas que infestaram essa Igreja.

2. Mensagem à igreja — 2.13 a 16
Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. (Ap 2.13)

a. O trono de Satanás, mas não negando o nome e a fé. v. 13
A primeira coisa que o Senhor diz a esta igreja é que ela habita onde está o trono de satanás e que ela não negou nem o nome e nem a fé (v. 13). No cristianismo genuíno de Éfeso e Esmirna, não havia templos,  mas a partir do quarto século os templos se espalharam por todo o império. A igreja de Pérgamo representa esse período.
Para acompanhar a suntuosidade dos templos, os bispos e sacerdotes também tiveram que se adequar a essas mudanças. Antes, viviam em extrema simplicidade, sobretudo por causa das perseguições das autoridades romanas. Agora, porém, com o imperador e a nobreza freqüentando os cultos, não podiam mais se apresentar mal vestidos e de sandálias nos pés. O imperador mandou fazer-lhes roupas novas e ricamente paramentadas. E assim, a ostentação e a riqueza entraram no meio da Igreja. Sua sede seria agora em Roma. Em Roma, com certeza, estava o trono de satanás.
Apesar de ter se casado com o mundo, havia algo de bom na Igreja de Pérgamo. Mesmo sob a contaminação desse casamento ilegítimo, conservou o nome do Senhor, e não negou a fé. Ali também houve um certo Antipas.
Não há nenhum registro histórico ou bíblico de alguma pessoa proeminente com esse nome. Por isso, mais uma vez concluímos que se trata de algo simbólico. O nome “Antipas” significa “aquele que é contra tudo”. Seu nome é composto de “Anti” que significa “contra”, e “pas” que significa “tudo”.
Antipas não é aquele que está apenas a fim de contrariar. Por ser uma fiel testemunha, é contra a influência do mundo, ficando sempre do lado de Deus. Precisamos ser Antipas para sermos vencedores. Não existe nenhum vencedor que não seja Antipas. Há que se conciliar o ser Antipas sem sermos antipáticos.
Se a nossa maneira de viver não é contrária ao mundo, não somos vencedores. Ser vencedor na igreja em Pérgamo era ser Antipas. Como pastor, não quero o elogio do mundo. Antes, quero ser para o mundo aquela pessoa que fala o que ninguém quer falar. Não dá para ficar de bem com todo mundo o tempo todo. É preciso saber a hora de dizer sim e não, de apertar as mãos e de virar as costas, de concordar e de discordar. Se quisermos ser simpáticos o tempo todo com todo mundo, vamos terminar desagradando a Deus. Mas se quisermos agradar a Deus, teremos que assumir Antipas como a nossa identidade, caso contrário corremos o risco de tornarmo-nos como Pérgamo, a Igreja que se casou com o mundo.
Cuidado com o estilo de vida duplo — um na Igreja e outro lá fora. Cuidado com aqueles que dizem: “negócios são negócios, Igreja à parte”. Cuidado com aqueles cuja vida espiritual é apenas um lazer de final de semana. Tais pessoas precisam ter um encontro com Deus. Na vida de um cristão, a Palavra de Deus deve permear tudo: casamento, criação de filhos, negócios, relação com empregados, escola, vida social. Até o trânsito melhora nas ruas quando, numa cidade, existem crentes vencedores que põem em prática os princípios da Palavra de Deus!

b. A doutrina de Balaão
Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. (Ap 2.14)
Quem era Balaão? Balaão era um profeta pagão, nascido na Mesopotâmia. Esse misterioso profeta surgiu no cenário bíblico justamente quando o povo de Israel vinha pelo deserto a caminho de Canaã. Quando os midianitas tomaram conhecimento da presença dos israelitas — acampados nas campinas de Moabe — angustiaram-se muito e temeram pelas suas vidas. E Balaque, rei dos midianitas, enviou mensageiros a Balaão oferecendo-lhe honrarias e dinheiro para que viesse e amaldiçoasse Israel (Nm 22.5,6).
Quando o profeta estava a caminho, montado numa mula, Deus enviou um anjo, com uma espada desembainhada, para interceptá-lo. Balaão, porém, não viu o anjo. Mas a mula, vendo-o, desviou-se duas vezes do caminho deixando o profeta irritado, a ponto de espancá-la. Mais à frente, onde a trilha era estreita e não havia jeito de se desviar nem para a direita nem para a esquerda, a mula empacou e deitou-se. E mais uma vez Balaão, irado, a espancou. Foi então que o anjo do Senhor abriu a boca da jumenta, e ela perguntou ao profeta por que razão a havia espancado. Depois disso, Deus abriu os olhos do vidente e ele viu o anjo à sua frente. E o anjo disse-lhe: “Vai, mas fala somente aquilo que eu te mandar”. E quando Balaão e Balaque subiram ao monte para lançar maldições sobre Israel, o Senhor não lhe permitiu. Por três vezes Balaão tentou amaldiçoar Israel, mas foi impedido pelo Senhor e, ao invés de amaldiçoar, abençoou. Na quarta profecia proferida sobre Israel, predisse a vinda do Messias: “Uma estrela procederá de Jacó, e de Israel subirá um cetro” (Nm 24.17).
Vendo que não poderia fazer “encantamento contra Jacó, nem adivinhação contra Israel”, o profeta mercenário mudou de estratégia e aconselhou Balaque a enviar mulheres de Moabe para o meio de Israel. “E o povo entregou-se à prostituição com as filhas de Moabe” (Nm 25.1; 31.16).
Balaão, portanto, é uma figura que representa princípios espirituais. O Novo Testamento fala de três aspectos de Balaão.

• O caminho de Balaão (2Pe 2.15)
O caminho de Balaão é fazer a obra de Deus por dinheiro. Balaão, um profeta mercenário, cobrava por suas profecias. Hoje, também existem igrejas que vendem as bênçãos de Deus. Não de forma declarada, mas sutilmente. Outro dia, encontrei uma irmã que me disse: “Pastor, eu estou orando para aparecer um doente rico”. “Doente rico para quê, irmã?” — perguntei. “Para eu orar por ele. Aí ele é curado e me dá um carro de presente”. Que lógica mundana! Eu ouvi de um pastor que ele sempre esperava uma recompensa das pessoas depois de abençoá-las. A doutrina de Balaão, assim vista, procede do maligno.

• O segundo aspecto é o erro de Balaão (Jd 11)
Ele pensou que Deus estava irado com o seu povo, por isso, ser-lhe-ia permitido amaldiçoá-lo. O povo de Israel, de fato, era um povo terrível, rebelde e desobediente. Mas, mesmo assim, quando Balaão quis amaldiçoá-lo, Deus não permitiu. Nunca vi um pastor ou líder que fosse negativo para com a Igreja e prosperasse. Falar mal da Igreja é o mesmo que amaldiçoá-la. Muitos pastores falam mal dela e diminuem seu valor pensando que estão sendo proféticos, mas esses vivem debaixo do engano de Balaão. A Igreja pode ter todos os erros dos quais é acusada, mas nunca pense que Deus é contra ela. Muitos chamados profetas da atualidade passam a mensagem que Deus está irado com sua Igreja quando falam dela continuamente de forma negativa. Estão sob o erro de Balaão.

• A doutrina de Balaão
Esse certamente é o ponto principal na Igreja de Pérgamo (Nm 31.15,16). Sua doutrina é o casamento da Igreja com o mundo. Não conseguindo amaldiçoar o povo, Balaão deu um conselho a Balaque:
Mande que suas mulheres se misturem com os filhos de Israel e os levem ao erro. (Nm 31.15-17)
O conselho de Balaão trouxe prostituição e idolatria para dentro de Israel e provocou uma praga entre o povo, causando a morte de vinte e quatro mil pessoas (Nm 25.9). A doutrina de Balaão incentiva a queda de toda separação entre a Igreja e o mundo. “Deixa de estresse! Deixa de ser Antipas!”, aconselham os seguidores de Balaão.
Balaão provavelmente encorajou a idéia de que uma vez que Israel era o povo da aliança de Deus, eles poderiam fazer o que quisessem. Em Pérgamo havia alguns que declaravam que se podia ser cristão e viver como o mundo. Talvez não adorassem o imperador, mas participavam das suas festas. Não ofereciam incenso aos ídolos, mas comiam das coisas sacrificadas. Eles eram chamados de cristãos, mas viviam de acordo com o mundo. Esta doutrina perigosa permanece assim até hoje. Nunca houve tantos balaamitas nas igrejas do que nos dias de hoje. Os balaamitas de hoje dizem que não vêm nada de errado com o sexo antes do casamento. Eles são aqueles que aceitam jovens viverem juntos sem se casarem. Eles alegremente assistem a filmes que tenham sexo e violência a ainda levam outros com eles. Eles estão sempre com a palavra “graça” na boca, mas o coração está longe do Senhor.

c. A doutrina dos Nicolaítas
Além da doutrina de Balaão, havia em Pérgamo aqueles que sustentavam a doutrina dos nicolaítas. Mais uma vez o Senhor trata da questão dos nicolaítas dentro da Igreja.
Embora seja muito difícil saber exatamente quem eram essas pessoas, a maioria dos mestres na Palavra concorda que os nicolaítas afirmavam ter uma relação especial com Deus. Eles professavam ser os beneficiários de revelações íntimas, que não foram dadas a outros, e que, portanto, tinham uma relação  com Deus muito superior a dos demais. O conhecimento especial que diziam possuir dava-lhes a liberdade para que participassem alegremente dos prazeres dos do mundo da época.
Eles assumiram que tinham na Igreja a mesma posição que o sacerdote no judaísmo, e isso trouxe o erro do clericalismo para dentro da Casa de Deus. Provavelmente ambos os falsos ensinos trabalharam juntos: uma autoridade recebida por uma suposta intimidade com Deus e a ambição de poder exercido de forma religiosa. Essa doutrina é vista ainda hoje na supremacia dos pastores que se levantam acima dos demais irmãos da Igreja. São homens que afirmam ter relações mais íntimas com Deus e, portanto, são considerados como melhores e mais poderosos do que o resto do povo.
Em Éfeso, existia a obra dos nicolaítas, mas aqui em Pérgamo ela se transformou em doutrina. Houve um avanço. O que antes era apenas um comportamento agora se tornou uma ideologia.
O fato de os nicolaítas aparecerem, nesse contexto, unidos aos que praticam a doutrina de Balaão mostra-nos o surgimento de um tipo de clero mercenário. Nesses dias em que muitos se tornaram até donos de igrejas, não é difícil entender como essas doutrinas podem se unir. A advertência do Senhor é que Ele virá para pelejar com a espada da Sua boca. Isso se refere ao julgamento de Cristo por meio da verdade de Sua Palavra.

3. A recompensa do vencedor — 2.17
Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. (Ap 2.17)

a. O Maná escondido
O maná escondido é o maná que estava dentro da arca no Tabernáculo. Sabemos que somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos, mas nem ele podia comer desse maná. A promessa de comê-lo fala, portanto, de um privilégio ainda maior. É uma comunhão íntima com Jesus.

b. A pedrinha branca com um novo nome
Dizem os historiadores que a pedra branca era extraída em Pérgamo e era um produto comercial. Na época havia muitos costumes que envolviam o uso das pedras brancas.
• Pedras brancas e pretas eram usadas por um júri nos tribunais. Se eles acreditassem que uma pessoa era culpada, demonstravam isso mostrando uma pedra negra. Se eles achavam que era inocente, eles mostravam uma pedra branca. A pedra branca, portanto, pode falar do nosso estado inculpável diante de Deus, uma vez que fomos perdoados.
• As pedras brancas também eram usadas como medalhas em Olimpíadas e outros eventos esportivos e também foram dadas aos membros de um exército conquistador. A pedra branca aqui certamente é um símbolo do vencedor que perseverou até o fim.
• Pedras brancas também eram usadas como bilhetes de entrada em banquetes ou festas e também eram usadas para marcar o assento na mesa de um jantar. A pedra branca apontaria nesse caso, para a garantia do vencedor de que ele participará da festa das bodas, do banquete do Cordeiro.
• Elas eram entregues ao escravo que havia recebido a sua libertação como prova de que ele agora era um cidadão livre do reino. A pedra branca, aponta então para a nossa cidadania celestial.
• As pedras brancas eram muitas vezes usadas como amuletos da sorte e frequentemente vinham com um nome de um deus protetor. Se esse era o significado, a pedra branca fala da confiança que temos em Cristo que estenderá sobre nós o seu tabernáculo e proteção.
• Diz a história que, nas votações na democracia gregaera usada uma pedra branca com o nome de cada candidato. Sendo assim, poder-se-ia dizer que a pedra com o nosso nome escrito aponta para o fato de sermos eleitos e escolhidos pelo Senhor.
Na Palavra de Deus, pedra é para edificação. Quando Jacó dormiu no caminho para Harã, ele teve o sonho da escada que ligava a terra ao céu. Ao acordar, pegou a pedra que tinha feito de travesseiro, derramou  óleo sobre ela e chamou aquele lugar de Betel, que quer dizer Casa de Deus (Gn 28.10-19). Jesus disse que edificaria a Sua Igreja sobre a pedra e o próprio Pedro disse que somos pedras vivas para a edificação da Casa de Deus (1Pe 2.5). O maná escondido visa transformar-nos nessa pedra de edificação com um novo nome escrito.
Receber um novo nome significa mudança de vida. A base para sermos úteis na edificação é a mudança de vida (de nome). Essa mudança de vida ocorre justamente quando comemos do maná escondido que muda a nossa constituição para pedras vivas.





Igreja de Esmirna

Esta carta se inicia com a revelação de um dos nomes de Jesus:
Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver. (Ap 2.8)
Em outras palavras: Eu sou a ressurreição e a vida. Por que o Senhor se revela dessa maneira tão linda para a igreja em Esmirna? Porque essa era uma igreja de mártires.
A igreja em Esmirna é um quadro profético da Igreja dos segundo e terceiro séculos. Esse foi o período de maior perseguição da história da Igreja.
Os romanos tinham uma diversão abominável, gostavam de ver leões comerem cristãos vivos. No Coliseu, colocavam de um lado os leões, que ficavam sem comer nada por até dois meses, e do outro os cristãos. O resultado era um rio de sangue. Houve ocasiões em que morreram tantos cristãos, que o sangue na arena dava até nos tornozelos. Diz a história que, em certas ocasiões, havia tantas pessoas na arena que os leões recuavam com medo. Os próprios cristãos eram obrigados a atiçar os animais para que fossem atacados por eles.
A maioria dos cristãos da igreja em Esmirna morreu na arena, lutando contra leões famintos. A História diz que eles entravam na arena cantando hinos ao Senhor. Em Roma ainda existe o Coliseu. Esse terrível anfiteatro, com capacidade para vinte mil pessoas, testemunhou o martírio do maior número de crentes em toda a História. É um lugar amaldiçoado – habitação de demônios, com certeza.
Essa foi a era da igreja de Esmirna. Uma época em que se tornar um cristão era simplesmente comprar um bilhete para a eternidade. Era uma época em que se decidir por Jesus era constituir-se um traidor do Estado. Os cristãos teimavam em dizer que “Jesus Cristo é o Senhor”. Isso era um crime uma vez que apenas o imperador poderia ser chamado de senhor.

1. A revelação do Senhor — 2.8
A palavra Esmirna vem de mirra e significa sofrimento. Essa igreja representa as igrejas sob perseguição. É para elas que o Senhor diz: Eu sou o primeiro e o último. Eu estou vendo o começo e também estou garantindo o final da história. Eu estive morto, mas revivi. Vocês estão morrendo e vão reviver também. O nome do Senhor supre a nossa fé. O Seu nome é tudo de que necessitamos.

2. A mensagem à igreja — 2.9 e 10
Não há reprovação para essa igreja, todavia não há elogios também. Aqui o Senhor conforta e consola. É uma igreja sofredora. Não possui muitas obras porque não tem condições de trabalhar, a perseguição é grande. O Senhor diz:
Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico). (Ap 2.9)

a. Tribulação e pobreza - v. 9
Revelando-se como aquele que esteve morto e reviveu, o Senhor está falando da Sua ressurreição. A tribulação é um meio que Deus usa para que possamos experimentar o poder da ressurreição (Fp 3.10). É em meio ao sofrimento que podemos vencer a morte.
Além de atribulada, a igreja era pobre. Alguém pode perguntar: é preciso ser pobre para tornar-se um vencedor? Certamente não precisamos ser pobres para sermos vencedores, mas Jesus disse que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus (Mt 19.24). Ele falou isso com respeito ao reino e não com respeito à salvação. Todos concordamos que um rico pode ser salvo, mas a chance de um rico vir a ser um vencedor é a mesma de um camelo vir a passar pelo fundo de uma agulha.
O Senhor diz que eles eram naturalmente pobres, mas espiritualmente ricos. Evidentemente pobreza material não resulta automaticamente em riqueza para com Deus. Infelizmente existem pessoas que são pobres de dinheiro, pobres de mente e também pobres de experiência com Deus. Pobreza por si só não é sinônimo de humildade. É possível ser pobre e, ao mesmo tempo, arrogante e pretensioso, ainda que isso seja mais raro. Mas sobre os ricos não há o que discutir, sua atitude é sempre pretensiosa e auto-suficiente. Por pensarem que não precisam de Deus, sua postura é de arrogância.
Apesar disso, não devemos olhar para o exterior, pois o valor do homem não está nos bens que ele possui (Lc 12.15). O que importa é o quanto acumulou diante de Deus. O vencedor é aquele que é rico para com Deus. Ele pode ser pobre financeiramente, mas o que importa é o fato de ele ter acumulado tesouros no céu. Essa igreja estava acumulando tesouros no céu, por isso o Senhor disse que ela era pobre aqui, mas será rica lá.

b. Os que se declaram judeus - v. 9
O verso nove diz:
Conheço (...) a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de satanás. (Ap 2.9)
É possível existir um judeu falso? Como identificar o verdadeiro judeu? Romanos 2 afirma que o verdadeiro judeu não é aquele que nasceu de pai e mãe judeus, nem é aquele que foi circuncidado. O verdadeiro judeu é aquele que o é interiormente. Paulo diz que:
Judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus. (Rm 2.29)
Os judeus que perseguiam a igreja em Esmirna eram judeus na carne, mas eram falsos judeus diante de Deus, porque o verdadeiro judeu é aquele que tem o coração circuncidado para amar a Deus. O Senhor os chama de sinagoga de satanás, ou seja, habitação de demônios.
Ser um vencedor nessa igreja é rejeitar tudo aquilo que vem do judaísmo. Não devemos tentar transformar-nos a nós mesmos em judeus, nem ousar transformar a igreja em algo judaico porque isso não procede do Senhor. Como podemos identificar conceitos e práticas judaicas na igreja? O judaísmo possui quatro características básicas.
A primeira delas é o templo. O templo era o centro da religião judaica. No Velho Testamento, Deus não habitava em qualquer lugar, Ele habitava em um país chamado Israel. Mas, mesmo em Israel, Ele não habitava em qualquer lugar, mas em uma cidade chamada Jerusalém e, mesmo em Jerusalém não era em todas as casas que Ele estava, mas somente num prédio chamado templo e, mesmo no templo, só numa parte chamada Santo dos santos. Se um judeu queria adorar a Deus, teria que ir para o templo porque era lá que Deus habitava.
Nós somos o templo de Deus hoje. Estritamente falando, o Cristianismo é uma religião que não possui edifícios, nem templos. O judaísmo tinha um templo, nós não os temos mais. Se voltarmos a estabelecer prédios como templos, incorreremos em um retrocesso ao judaísmo.
Ser um vencedor hoje é entender que somos o templo de Deus e que Deus não habita em prédios. Nós somos Sua morada. Deus não mora no prédio da igreja. Quando você vai embora depois do culto, Ele o acompanha. Ele habita com você, porque sagrado é você, e se você está cheio de Deus, aonde você for, torna-se sagrado também. Somos o Seu templo e O carregamos dentro de nós. Onde nós pisamos, Deus finca Suas pegadas; aonde nós chegamos, Deus chega junto.
Alguns pastores religiosamente terminam o culto orando: “agora despede-nos em paz”! Pode-se ouvir o Senhor dizendo: “Eu não despeço não. Vou embora junto com vocês”! Outros começam o culto orando solenemente: “agora, entrando em tua presença”! Fico pensando, onde é que estavam antes? Outros pedem que as pessoas venham ao altar se referindo ao tablado do púlpito. Acreditar que Deus habita num prédio é heresia. Essa visão templista é um sério entrave ao mover de Deus.
Mais uma vez, a visão celular é o caminho do vencedor. Cada instituição é a cara do prédio onde se reúne, mas uma igreja em células não existe em função do prédio onde se reúne. O prédio para nós é apenas um lugar de treinamento e celebração, a vida normal da igreja acontece em outros lugares em nosso dia-a-dia. Apesar de, no Velho Testamento, Deus habitar num templo, isso já não acontece no Novo Testamento. Hoje nós somos o Seu templo, é em nós que Ele habita. Assim, biblicamente falando, a Igreja do Novo Testamento possui um lugar de reunião, mas não possui templos.
Os templos representam uma grande contradição do cristianismo. Na verdade, eles não existiam até o segundo século. Se você procurasse pela igreja no primeiro século, seria conduzido a um grupo de pessoas se reunindo numa casa, porque eram em lares que eles se reuniam.
A segunda característica básica do judaísmo é a lei. Não há judaísmo sem a lei. A lei era o centro da vida do povo. Para o autor da Carta aos Hebreus, a lei dos judeus era escrita em tábuas de pedras, mas a lei da nova aliança, o Novo Testamento, é escrita nos nossos corações (Hb 8.10). O Espírito nos ensina a respeito de todas as coisas. A lei do Espírito foi impressa dentro do nosso próprio espírito e não precisamos mais seguir a lei de Moisés. Seguindo a lei do Espírito nós acabamos por cumprir a lei de Moisés, porque a lei do Novo Testamento é superior. Não se trata de uma questão de decorar normas e regras, mas de ter uma pessoa viva residindo dentro de nós. Ninguém pode seguir a lei e cumprir plenamente a vontade de Deus. Para isso precisamos ter a lei do Espírito da vida, uma pessoa dentro de nós falando conosco, orientando-nos e dirigindo-nos.
Não temos que seguir nenhuma liturgia ou tradição judaica, como luas novas, festas e coisas semelhantes. Nem devemos mais celebrar a festa dos tabernáculos ou a festa de pentecostes. Hoje o nosso pentecostes é o Espírito Santo de Deus, o nosso tabernáculo é o Senhor Jesus que desceu do céu e veio habitar conosco e em nós. Ele é o nosso tudo. O cumprimento de tudo e tudo se resume nEle, porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que nEle crê (Rm 10.4). Não devemos mais seguir leis exteriores. O Espírito da Verdade nos conduz a toda verdade.
A terceira característica do judaísmo é a sua classe sacerdotal. Atualmente, no cristianismo não existe uma classe sacerdotal, todos somos sacerdotes do Senhor, como diz Pedro:
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe 2.9)
 Os irmãos de Esmirna eram perseguidos por esses falsos judeus que queriam transformar a igreja em um pedaço de Israel. Também hoje temos pessoas que querem transformar a igreja numa sinagoga judaica.
A quarta característica distintiva do judaísmo são as promessas de Deus. O Senhor cumprirá as promessas feitas aos judeus porque Ele é fiel. No entanto, o autor de Hebreus diz que as nossas promessas são superiores, porque são baseadas em uma aliança superior:
Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança, instituída com base em superiores promessas. (Hb 8.6)

c. Tribulação de dez dias
Finalmente, o Senhor diz a esta igreja:
Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. (Ap 2.10)
Como não ficou na História nenhum registro acerca de uma tribulação específica de dez dias, cremos, mais uma vez, que se trata de algo simbólico. Precisamos entender o sentido à luz da própria Palavra. Há outras ocasiões na Bíblia em que um período de dez dias é mencionado. Duas delas, no Antigo Testamento, falam de um período de dez dias. A primeira foi quando Abraão mandou Eliézer à terra de seus pais, para buscar uma esposa para Isaque. Quando o servo de Abraão chegou ao destino, escolheu Rebeca, a família pediu-lhe dez dias para despedir-se da moça (Gn 24.55). O segundo caso se deu quando Daniel, Hananias, Misael e Azarias pediram ao cozinheiro do rei Nabucodonosor para não se alimentarem da comida real, imprópria aos judeus, mas apenas de legumes e água durante dez dias. Era um tempo de teste. Se, ao fim desses dez dias, eles tivessem uma melhor aparência do que os demais continuariam alimentando-se conforme o costume judaico (Dn 1.12).
Esses dez dias significam um período pequeno, porém completo, de teste e de prova. Tribulação de dez dias é uma tribulação completa. O vencedor será testado em um tempo completo de tribulação determinado por Deus.
A igreja de Esmirna estava sofrendo. Todavia, esse sofrimento era conhecido diante de Deus e determinado em sua soberania. Isso é um grande consolo: toda tribulação pela qual temos de passar, tem um tempo determinado e conhecido diante de Deus. Nunca vai além do que está estabelecido. Também jamais excede os limites de nossas próprias forças. Não significa, porém, que seja um período literal de dez dias, e sim, um espaço de tempo, breve, determinado pelo Senhor (1Co 10.13).

3. A recompensa do vencedor — 2.11
Ao vencedor o Senhor diz:
Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10)
Fiel até ao ponto de morrer e fiel até a morte chegar. A “coroa da vida” é um prêmio concedido apenas aos vencedores. Eles também de nenhum modo sofrerão o dano da Segunda morte, mencionado no verso 11.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte. (Ap 2.11)
Este dano refere-se ao prejuízo que alguns crentes terão por ocasião do Tribunal de Cristo. Embora a segunda morte não tenha poder sobre nós, pode-se vir a sofrer algum dano semelhante.
Escrevendo aos coríntios, Paulo diz que nossas obras serão testadas diante de Deus pelo fogo:
Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. (1Co 3.13)
Todavia, sabemos que a obra de alguns se queimará, por serem desqualificadas, mas eles mesmos serão salvos como que através do fogo.
Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo. (1Co 3.14,15)
Observe que o crente com obras erradas sofrerá um dano por meio do fogo. Ele mesmo será salvo, mas haverá um dano. Esse é o dano da segunda morte. O vencedor não sofrerá de forma alguma esse dano ou disciplina.






igreja em Éfeso

Em Apocalipse, os candeeiros ou candelabros, representam igrejas (Ap 1.20). Havia no céu sete candeeiros representando sete igrejas na terra. Uma vez que haja uma igreja na terra, deve haver um candeeiro correspondente no céuTodavia, João viu apenas seteNos dias de João, não existiam apenas sete igrejas na terraporém sete candeeiros foram vistos no céu. Concluímos assim que as sete igrejas são simbólicas e, por serem em número de sete, representam a totalidade das outras igrejas.

Podemos entender essas igrejas de três formas:
a. O aspecto histórico
Em primeiro lugarelas existiram realmente e os problemas e virtudes mencionados aqui eram reais. Sendo assim, as cartas certamente foram úteis na sua edificaçãoEsse é o aspecto histórico.

b. O aspecto pessoal
Ainda assim, essas igrejas podem ser usadas como modelos espirituaisque servem de advertência a toda e qualquer igreja em qualquer época da históriaEm todas as épocas houve igrejas às quais essas exortações foram apropriadas.

c. O aspecto profético
Apocalipse é, prioritariamente, proféticoEm virtude disto, cada igreja pode também ser uma representação profética. Todos os mestres concordam que cada uma das sete igrejas representa um determinado período da história da Igreja desde o primeiro século até a volta do Senhor.
Evidentementetodos esses enfoques são corretostodavia enfocaremos o último como base para a nossa análise de cada Igreja.
Todas as cartas possuem a mesma estrutura. Começam com uma revelação do Senhor, expoêm repreensões ou elogios e terminam com uma palavra aos vencedores.
Certamente, uma das principais razões para compreendermos estas cartas é descobrir qual é o padrão do vencedor. Atentando para as repreensões e elogios nelas expressos, podemos construir um quadro que demonstre o que é ser um vencedor.
Os vencedores, certamentenão são pessoas extraordinárias, nem tampouco se referem a todos os salvosSão os crentes normais em tempos de anormalidade. Viu-se anteriormente que os vencedores são aqueles que foram aprovados, e por isso receberão a recompensa do reino. A recompensa sempre é prometida a eles em cada uma das cartasmas isso não significa que apenas os vencedores serão salvos. Os membros genuínos de cada uma dessas igrejas serão salvosmas apenas os vencedores receberão o galardão.
Os vencedores, em cada igrejasão aqueles que são aprovados por responderem às repreensões feitas pelo Senhor em cada uma delas. Assimpor exemplo, o Senhor repreende a Igreja de Éfeso por ter abandonado o primeiro amorlogo o vencedor será aquele que atender à repreensão e voltar ao primeiro amor. As sete cartasportanto, representam um retrato do que significa ser um vencedor.
Entre as igrejascinco foram censuradas e elogiadas, uma não recebeu nem censura nem louvor e uma foi elogiada, Éfeso foi elogiada e censurada. Do ponto de vista profético, Éfeso representa a Igreja do primeiro século.

Contexto histórico de Éfeso
Todos as 7 igrejas estão no lugar que chamamos hoje de Turquia. Naqueles dias a região era chamada de Ásia menor.
Éfeso foi povoada pelos gregos cerca de 1200 a.C. Por causa de sua proximidade com o Mar Egeu, era um grande porto e tornou-se uma grande cidade.
Éfeso era a porta de entrada para o comércio de toda a Ásia Menor.
Até o século 1, Éfeso era uma grande cidade romanaEra a capital da Ásia Menor e uma grande metrópole.
Os efésios adoravam a deusa Diana, a deusa romana da fertilidade e da naturezaEla era a equivalente romana da deusa grega Artemis.
Uma das 7 Maravilhas do Mundo antigo estava localizada em Éfeso, o Templo de Diana (também chamado de Templo de Artemis).
No século 2, quando os cristãos estavam sendo martirizados, sendo devorados por leões para o entretenimento de Roma, eles eram enviados via Éfeso.
Inácio, um dos pais da Igreja refere-se a Éfeso como "a estrada dos mártires."
Paulo, reconhecendo a importância desta cidade, fundou a Igreja em Éfeso e passou mais de 3 anos lá.
Depois, ele escreveu uma epístola aos efésios de e, mais tarde, Paulo enviou a Timóteo para para pastorear a igreja em Éfeso. Paulo escreveu as cartas de I Timóteo II Timóteo enquanto o seu jovem discípulo estava servindo em Éfeso.
Segundo a tradição da Igreja, João, o escritor do Apocalipse, fez de Éfeso sua casa nos seus últimos anos, antes de sua morte.

1. A revelação do Senhor - 2.1
Para cada carta, o Senhor Jesus se apresenta com um nome especial, de acordo com as necessidades de cada Igreja. Seu nome nos fala daquilo que Ele é. Ele mesmo é a nossa provisão e suficiência.
Nessa carta, Ele se apresenta como aquele que “conserva nas mãos as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro”. Os sete candeeiros são as sete Igrejas e as estrelas são os anjos das Igrejas (1.20). O fato de o Senhor passear entre os candeeiros mostra que Ele está cuidando e apascentando sua Igreja. E o líder — que esta à frente dessa igreja —, o Senhor o carrega em Sua mão direita, que é a mão forte. Ele apascenta a sua Igreja e também sustenta com braço forte quem a lidera.

2. Mensagem à igreja - 2.2-6
a. O Senhor conhece as obras, o labor e a perseverança. v. 2
O primeiro sinal do vencedor é que ele tem obras, labor e perseverança. Qual a diferença? Obras significam trabalho. Então Jesus está dizendo: olha, eu conheço o seu trabalho. Trabalho é bom! O trabalho na casa de Deus é importante, mas o Senhor não conhece apenas o trabalho, Ele conhece também o labor.
 Qual a diferença entre trabalho e labor? Trabalho é aquilo que você faz dentro do limite da sua obrigação, mas labor é fazer além do que foi pedido. A palavra labutar, vem de laborar.
Alguns trabalham, outros dão o sangue. Alguns trabalham, mas há aqueles que suam a camisa. É como em um time de futebol. Existem jogadores que jogam, treinam, fazem tudo o que lhes é exigido no contrato. Isso é trabalho. Mas há outros jogadores que não medem esforços, não tiram a perna na hora da dividida. Eles estão ali para se superarem. O time pode até ganhar algumas partidas com jogadores que trabalham, mas se quiser ser campeão, serão necessários jogadores que vão além do trabalho, que laborem. Alguns fazem coisas na Casa de Deus, mas outros estão dispostos a se desgastar. Isso é labor. Jogar bola, muitos jogam, mas, no decorrer dos anos, só os que laboram são reconhecidos.
O Senhor diz que conhece as obras e o labor, mas ainda resta algo mais: a perseverança. O que é perseverar? Há jogadores que trabalham, outros até laboram, mas existem aqueles que estão dispostos até a jogarem machucados. Jogam sentindo dor, mas jogam. Quando tudo conspira para nos fazer desistir, o cansaço, a dor, a angústia, ainda assim levantamos e prosseguimos — isso é perseverar. Só há perseverança onde há desconforto, impedimentos graves, barreiras terríveis. Quando outros jogadores estão machucados e o time precisa de nós, aí está a nossa oportunidade para o sacrifício. Isso é perseverar. Mas quantos acham que vale a pena fazer isso por causa do reino de Deus? Isso me lembra Maria que derramou todo aquele bálsamo precioso em cima de Jesus. E o que disse Judas? Que desperdício! Perseverar é fazer o que ninguém teria coragem de nos pedir. Os irmãos de Éfeso laboravam pelo Senhor. Não estavam atrás de cargos, mas de encargos. Cargo é trabalho; mas encargo é labor.

b. Testavam os que se declaravam apóstolos. v. 2
Os irmãos de Éfeso também não podiam suportar homens maus e nem coisas más, além disso, colocavam à prova os líderes que chegavam se declarando apóstolos (Ap 2.2). Um vencedor possui essa santa indignação. Vencedores não se impressionam com a oratória, não se entusiasmam com volume de voz, com o tapa no púlpito, com os berros. Vencedores ousadamente testam os pretensos apóstolos para terem certeza que, de fato, são homens de Deus.
Não é errado testar aqueles que desejam liderar. O problema é que somos cheios de respeitos humanos. Percebemos que a pessoa diz uma coisa e vive outra, é um fariseu hipócrita, mas, mesmo assim, não a confrontamos. Queremos ser sempre simpáticos. Porque criar uma situação desconfortável? Os efésios não suportavam falsos apóstolos e colocavam à prova aqueles que se diziam enviados de Deus.

c. Tinham perseverança no meio de provas sem esmorecer. v. 3
No verso três, lemos que os irmãos de Éfeso tinham perseverança no meio de provas sem esmorecer. O grande teste é a pressão. O vencedor é testado no meio da pressão. Normalmente, preferimos ouvir o que as pessoas dizem quando tudo vai bem, em dia de calmaria e vento suave. Mas ignoramos o que elas falam quando o céu escurece e a tempestade cai. Deus é diferente de nós. Ele não liga para aquilo que falamos com a cabeça fria, Ele espera até que a situação esquente, então abaixa o ouvido e diz: “pode falar que eu estou ouvindo, meu filho”! Quando alguém fala com a cabeça quente, sempre o desculpamos dizendo: “liga não, ele está de cabeça quente”. O que falamos de cabeça fria mostra o que queremos ser, mas o que falamos com a cabeça quente mostra aquilo que realmente somos.
A única forma de conhecermos o que ocorre em nosso interior é sendo submetidos à pressão. Somente quando Deus espreme, brota o que está dentro de nós. Aqueles irmãos foram testados no meio de provas, no meio de tribulações e foram aprovados. A perseverança somente pode ser observada no meio de adversidades e perseguições. Só se conhece a valentia de um soldado no dia da batalha. Ser um vencedor é perseverar no meio da tribulação até ser aprovado como esses irmãos de Éfeso. Até aqui temos apenas elogios do Senhor a esta Igreja, mas há certas coisas que devem ser corrigidas.

d. Abandonaram o primeiro amor. v. 4
Quando for exortar alguém, comece sempre elogiando. É o Senhor Jesus quem nos ensina isso. Depois de elogiar bastante, disse: “tenho, porém, algo contra vocês, abandonaram o primeiro amor.”
A palavra primeiro é “próten”, que pode ser traduzida como melhor. O primeiro amor é o melhor amor. É como se o Senhor dissesse: eu tenho uma coisa contra vocês, meus queridos de Éfeso, vocês trabalham, têm obras, têm tido tribulação e têm perseverado, mas abandonaram o primeiro amor.
O primeiro amor é aquele fervor inicial de quando conhecemos o Senhor. Os vencedores são aqueles que preservam o melhor amor para o Senhor. Aquele mais quente, mais precioso, aquele mais forte.
Não seremos úteis para Deus, a menos que o amemos apaixonadamente. Deus não está atrás de trabalhadores, mas de uma noiva. Deus não criou Adão e o colocou numa fábrica, antes o colocou no Jardim do Éden, que quer dizer jardim de delícias. O homem foi colocado no Éden para ter comunhão, para amar o Senhor. Em que é baseada a nossa relação com Deus? Em cerimônias e ordenanças, ou no amor? Deus até elogiou o trabalho, a obra e a perseverança dos efésios, mas tudo ficou ofuscado por causa de um coração frio no qual já se apagara o primeiro amor.
Pela fé, somos salvos, mas pelo amor recebemos a recompensa. Sem fé é impossível agradar a Deus, mas a intimidade é reservada para aqueles que O amam.
Sei que a palavra paixão não é a mais apropriada, mas, não há outra melhor. Nós precisamos ser apaixonados pelo Senhor Jesus. Paixão nos remete a intensidade. O primeiro amor demonstra intensidade em nosso relacionamento com o Senhor.
Apocalipse é a conclusão de uma história de amor. No final, a noiva vem descendo do céu ataviada, pronta para receber o noivo. Aleluia! A principal condição que se espera de uma noiva é que ela seja apaixonada.
Em Mateus, lemos a respeito das virgens e noivas que o Senhor declarou não conhecer (Mt 25.12). Existem alguns locais na Palavra em que o Senhor afirma não conhecer alguém (Mt 7.23). Mas quem é aquele que o Senhor conhece? O apóstolo Paulo diz que Ele conhece aquele que O ama (1Co 8.3). Portanto, conhecer a Jesus garante-nos a salvação, mas ser conhecido por Ele conduz-nos ao reino.
Quando amamos, enxergamos a pessoa amada em tudo e tudo é oportunidade para se falar dela. Eu sempre faço uma dinâmica com meus alunos. Eu a chamo de: “Seja louco por um dia”. O objetivo é desenvolver um coração para amar mais o Senhor. Durante um dia inteiro, cada um deve procurar enxergar Jesus em tudo. Não é que tudo seja Deus (isso é uma heresia), mas tudo aponta para Ele e testemunha a respeito dEle, então podemos vê-lO naquilo que Ele criou. Eu então oriento: quando você for abrir a porta diga: Isso não é uma porta verdadeira, só o Senhor é a porta que me permite entrar na glória. Se você for caminhando declare: Esse caminho não leva a lugar algum, o único caminho verdadeiro é o Senhor Jesus. Ao tomar um copo d’água, declare que Ele é a água da vida. Quando for comer uma refeição, proclame: esta comida não pode matar minha fome, Jesus é o pão que desceu do céu e eu quero comer dEle. Quando for se deitar diga: o Senhor é que é o meu descanso. Ao puxar a coberta: Senhor, debaixo de Suas asas eu estou seguro. Ao tomar banho, abrindo o chuveiro, declare: a verdadeira água que me lava é a água da Palavra de Deus. Quando pegar o sabonete declare: isso não limpa coisa alguma, só o sangue de Jesus purifica a minha vida. Talvez digam que ficamos loucos. Mas todo apaixonado “perde” um pouco a razão.

e. Se não se arrependerem removerei do seu lugar o candeeiro.
O verso cinco diz:
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro. (Ap .5)
As primeiras obras às quais o Senhor se refere é o primeiro amor. É notável que amá-lO seja o tipo de obra que Ele aprova, e que, apesar de todo trabalho, labor e perseverança, o Senhor não esteja satisfeito. Somente um coração cheio de amor pelo Senhor pode manter o candeeiro aceso.
Em Éfeso, por mais de mil anos não tem havido Igrejas. Hoje há Igrejas em Roma, Corinto ou Tessalônica, mas não há em Éfeso. O candeeiro foi removido.
As portas do inferno não podem prevalecer contra a Igreja. O diabo não tem poder para destruir a Igreja, mas quando a Igreja esfria o seu coração, o Senhor mesmo a remove. Um candeeiro sem fogo torna-se inútil. Quando o Senhor foi visto no meio dos candeeiros de ouro, Ele estava cuidando para que a chama não se apagasse em nenhum deles. Quando, porém, a chama se apaga, o candeeiro precisa ser removido.

f. Odiavam as obras do nicolaítas. v. 6
Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. (Ap 2.6)
O que são as obras dos nicolaítas? Nem na Palavra de Deus nem na história da Igreja encontramos menção alguma de um movimento com esse nome.  Quando não encontramos nem uma menção na Bíblia a respeito de algo, e nem tão pouco na história, isso significa que aquilo é algo simbólico.
Nesse caso, o significado da palavra é a chave para entendermos o símbolo. A palavra “nicolaíta” é composta de duas outras palavras no grego: “nicos” e “laicos”, “nicos” significa “conquistador, dominador”; já “laicos” significa “o povo comum”. Então o significado de “nicolaítas” é “dominadores do povo”. O significado do nome aponta, então, para o clericalismo dentro da Igreja. Se quisermos ser vencedores, devemos rejeitar a obra dos nicolaítas, ou seja, a obra do clericalismo.
Existem, todavia, muitos enganos com respeito ao clericalismo. Primeiro, algumas pessoas pensam que ser anticlerical é condenar todo tipo de autoridade. Isso é um erro! Dentro da Igreja existem autoridades constituídas por Deus. O Senhor sustenta nas mãos o anjo da Igreja, que bem pode ser o líder, o pastor ou o presbítero. Se não temos governo, o que resta é o caos.
O clericalismo surge quando os líderes tentam impedir que os demais membros do corpo funcionem, transformando a obra de Deus num empreendimento de profissionais que se colocam como intermediários entre os membros da Igreja e o Senhor.
Historicamente, o nicolaitismo, ou o clericalismo, começou a acontecer no século primeiro, mas o seu auge aconteceu no século quarto, com Constantino. Constantino foi o imperador romano que tornou o cristianismo a religião oficial do império. Até aquele momento, ser cristão era ser um inimigo do Estado, sujeito a ser perseguido, comido por feras, serrado ao meio, preso, desterrado e morto. No século quinto, a história diz que Constantino supostamente teve uma experiência de conversão e oficializou a Igreja tirando-a da clandestinidade. Como resultado a Igreja cresceu e se encheu de pessoas que nem mesmo eram convertidas genuinamente. Todos queriam pertencer à religião do imperador.
Os bispos da Igreja, talvez com boa intenção, não podiam permitir que pessoas naquela situação estivessem à frente. Então decidiram que o povo, o leigo, se sentaria para aprender, e os mais instruídos, chamados de clérigos, iriam ensinar. Daí para se proclamarem mediadores entre o povo e Deus foi um passo.
O clericalismo é uma das piores pragas que tem assolado a Igreja nesses quase dois mil anos. As funções do corpo foram destruídas. A Igreja tornou-se um lugar aonde as pessoas simplesmente assistem.
É por isso que a visão de células é tão importante. Ela é um instrumento de Deus para matar essa doença maligna do clericalismo e para restaurar as funções do corpo. Na visão celular, todos os membros funcionam; todos podem falar e, acima de tudo, todos podem liderar e ouvir a Deus. Cada crente voltou a ser um ministro.
As células são um instrumento de Deus para alcançarmos a visão de sermos uma Igreja de vencedores. Pedro diz que somos sacerdotes (1Pe 2.9). Cada crente pode ouvir a Deus, cada um pode ter direção da parte de Deus e cada um pode ter acesso à Bíblia.
forma mais comum de clericalismo é aquela de cima para baixo, na qual os pastores são os únicos ministros porque são eles que possuem o título ouvi pastores dizendo que os demônios  saem se forem eles a expulsarem-nos. Não adianta qualquer crente expulsar, é preciso ser um crente graduado.
Mas mesmo numa igreja em células existem formas sutis de clericalismo. Eu o chamo de clericalismo místico. Há pessoas que se colocam como superioresacima das demais, de uma maneira místicaatravés de visões e experiências sobrenaturaisNão digo que tais experiências não possam ser verdadeiras, mas não devem servir de base para que alguém se coloque acima dos demais santos, impedindo-os de ministrarem.

3. A recompensa do vencedor — 2.7
Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. (Ap 2.7)
Esta promessa nos lembra o que ocorreu no ÉdenDeus criou o homem e o colocou no paraíso. A árvore da vida foi colocada no jardim para que o homem pudesse comer dela. Todavia não comeu. Depois que ele caiu no pecado, foram colocados dois querubins com espadas de fogo chamejante, na porta do Édenpara impedir que ele viesse a comer dela. O vencedor, porém, vai passar no meio do paraíso de Deus e comerá da árvore da vidaEm outras palavras, o vencedor é aquele que cumpre o propósito original do Senhor. É como se o Pai dissesse: Vou honrá-lo e colocá-lo numa posição de proeminênciaporque ele conheceu o meu coração e me agradou, andando de acordo com o meu propósito.






O AMOR SE ESFRIARÁ DE QUASE TODOS

Mt24:12  E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.  Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.

Vocês acham que é possível o amor se esfriar de quase todos?

O amor vai se esfriar porque o 666 vai avançar, os valores do humanismo, a maldade do homem ao rejeitar a Deus, o homem dizendo “eu sou deus”.

Deus é amor e todas as vezes que Ele é removido do centro e o homem é entronizado, o amor, que é Deus, esfria.
Temos que perseverar, mas perseverar em que?
Perseverar no amor, na centralidade de Cristo que é Deus, que é o próprio amor.
Se perdermos Cristo do centro de nossas vidas, seremos levados pela correnteza dos últimos dias.

Abandonou o Primeiro Amor

Ap 2:4 “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”

O Senhor fez esse alerta a Igreja de Laodiceia.

Interessante que no original esse abandonar, é abandonar por outra coisa, uma troca, na verdade não abandonamos, trocamos por outro “amor”.

Você conhece alguém que passou por isso? Todos os desviados.

O que pode roubar o nosso coração de Deus?

O nosso coração é tão concorrido, com tantas coisas e é por isso que a Bíblia nos exorta a guardar o coração.


Provérbios 4:23 “ Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Quando você perde o coração, você abriu mão de sua fontes da vida, está automaticamente na miséria do deserto.

Estando em Efeso ficamos impressionado com o que fora a cidade, onde o piso era de mármore e cada construção era uma obra de arte, 1Km de ruínas.

Ali existiu uma igreja apaixonada que perdeu tal amor, qual seria o motivo? Com certeza Efeso foi uma cidade com muitas oportunidades para perder o coração.

Gostaria de avaliar o que levou essas igreja a perderem o amor, perderem o mover de Deus e nem mesmo existir a igreja ali, e que também pode nos levar ao mesmo trágico fim, afim de podermos escapar

1o – Mundo

Em Pergamo vimos a exortação por causa da doutrina de Balaão que ensinava Balaque a armar ciladas contra os filhos de Israel e os levarem a se relacionarem com as mulheres ímpias

Essa mistura nos fala de uma vida mundana, uma vida influenciada pelas praticas do mundo

1 João 2:15 “ Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;”

Eu diria que esse certamente é uma das principais causas da mornidão dos corações.

Vivemos uma época onde tudo concorre fortemente com o nosso coração.

As compras, os prazeres, o trabalho, a escola, os filmes, os relaciomentos, a internet, a moda, etc.

O mundo é um sistema governado pela mente e valores de satanás e que trabalha sutilmente para comprar o nosso coração.

É simples, basta você fazer a pergunta: “Isso que estou fazendo me leva para perto ou longe Deus?”

Esse relacionamento me faz mais santo ou menos santo, me faz buscar mais ou menos a Deus?

A resposta a essas perguntas podem te ajudar a perceber o quanto o mundo está na sua vida.

Rm8:5-7 “ Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.6  Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.7  Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.”

O mundo está interligado com a carne e por conseguinte com o pecado, o cogitar é o se envolver, o pensar e o conversar das coisas dessa vida, e assim ir enchendo o coração com elas.

O que você gasta tempo pensando com prazer quando não há sobre você nenhuma pressão ou exigência de trabalho é o que de fato ocupa seu coração.

A nossa única segurança está na completa honestidade.

Devemos submeter os nossos corações a Deus de maneira que não tenhamos desejos não santos, e então deixemos que a Bíblia pronuncie o seu julgamento.

Se algo for condenado por ela, devemos aceitar esse julgamento e conformar-nos com ele, não importa como nos sintamos com isso no momento.

2 Timóteo 2:4 “ Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.”

2o – Ego

Ainda em Pergamo encontramos mais uma causa que nos leva a perder o coração, a questão dos Nicolaitas, que em última análise é a exaltação do homem, o ego.

Todas as vezes que o homem é exaltado, Cristo deixa de ser o centro e o coração perde o foco

Provavelmente nada pode esfriar mais o nosso coração em relação a Cristo, do que o amor próprio.

O 666 é o homem dizendo que não precisa de Deus, é o homem desafeiçoado dizendo que é Deus.

Vivemos uma cultura de exaltação ao homem, dos artistas e jogadores famosos, do grandes e poderosos pastores.

Tudo o que o mundo nos diz é que precisamos aprender a amar a si mesmo, mas o que de fato nunca devemos nos esquecer é do primeiro mandamento, “amar a Deus em primeiro lugar e sobre todas as coisas”

Somente diante da luz de Deus podemos nos humilharmos levando nosso ego para Cruz e manter o foco do nosso coração para amar a Deus

Ao amar o Pai, Jesus amou a cruz, ao morrer por causa dos propósitos do Pai, morreu para si mesmo, não amou a própria vida, amou o Pai.

3o Pecado

Em Tiatira encontramos Jezabel que seduzia para a prostituição e aos ídolos. Um caminho de pecado que nos separa de Deus e esfria completamente o amor do nosso coração.

Isaías 59:2  “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”

Os nossos pecados nos separam de Deus, eles criam uma grande barreira e você jamais poderá ouvir novamente a voz de Deus, perceber sua presença, ter a comunhão restaurada, amenos que se arrependa.

Ex33:3  “Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.”

O povo de Israel havia pecado e por isso perderam a presença de Deus

Precisamos nos deixar ser sondados na presença do Espírito Santo, pois nosso coração é enganoso e muitas vezes permitimos que coisa finas, que são pecado, permaneçam em nosso coração e nos impeça de  ter acesso à sua presença.

A tantas coisas que é pecado e que ignoramos, como por exemplo servir ao Senhor relaxadamente liderando uma célula sem orar ou coisa assim.

Mágoa, ressentimentos, fofoca, divisão, desonra, tudo isso é pecado e te separa de Deus.

Precisamos nos achegar diante de Deus para ser levado ao arrependimento genuíno conduzido pelo Espírito Santo.

4o Hipocrisia

Em Sardes encontramos a hipocrisia, a vida crista aparente, encontramos um povo que tem nome de vivo, mas que está morto, o povo da aparência

Nada pode ser mais terrível do que conviver com pessoas dissimuladas. Vivemos uma época de aparência  e não de realidade

            Ex.: Demóstenes

A hipocrisia é a vida de fachada, são os sepulcros caiados, é quando nossas palavras não podem se conectar com nossos atos, quando temos louvor nos lábios com um distante coração.

Na verdade a hipocrisia não apenas nos esfria o coração, ela já é resultado de um coração que perdeu o amor.

Nos recusamos a viver de glorias passadas, de fama regressa por um dia ter sido um povo conhecido por amar a Deus do qual só restou o nome.

Precisamos rasgar nossas mascaras de um coração frio e clamar por um renovo de amor pelo Senhor em nosso viver.

5o Religião

Nesse mesmo lugar encontramos as obras que não são integras diante de Deus, obras que são frutos de atos mecânicos da religião.

Religião é tudo que fazemos sem paixão, sem amor, obras que maquinalmente aprendemos

Isaías 29:13 “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu,”

Nada pode ser tão terrível quanto a coreografia gospel destituída de realidade, louvores que não fluem do coração, orações sem fervor, relacionamento sem paixão, isso é religião, abominável ao Senhor

A religião esfria o nosso coração, pois a religião elimina o exercitar do mesmo, tudo é exterior onde apenas se cumpre rituais mortos

Quando nascemos de novo não trocamos de religião, antes, nos tornamos a noiva apaixonada do cordeiro. A vida Cristã é um profundo relacionamento de amor em consagração ao Deus da nossa vida.

6o – Superficialidade

Em Laodicéia encontramos a superficialidade de uma vida morna, a qual o Senhor está aponto de vomitar

Isso nada mais é do que um relacionamento para constar, um relacionamento superficial com Deus para desencargo da consciência religiosa

Vivemos a geração da superficialidade, dos relacionamentos superficiais de uma noite, dos relacionamentos da internet,  dos relacionamentos focados no prazer momentâneo e egoísta que jamais mostra o coração ou se doa de uma maneira absoluta para o bem do outro

Vivemos na igreja o tempo em que somos exortados a sermos pessoas “equilibradas”, onde se esquece que “Mornidão” é exatamente equilíbrio térmico.




O nosso Deus não aceita se relacionar nessas condições, por Ele somos chamados a ajuntar ou a espalhar, a negar a si mesmo e tudo que tem, tomar a Cruz e o segui-lo, a amá-lo mais que pai, mãe e todos os que nos são caros, inclusive nós mesmos, isso não é “equilibrado”, isso é um relacionamento de absolutos, de pessoas cheias de amor.

Quando não nos envolvemos absolutamente, certamente esfriaremos, e isso se aplica a qualquer coisa em nossas vidas. O amor é assim, exige um envolvimento total.

Muitos hoje estão frios porque decidiram, em algum momento, viver uma vida cristã medíocre, periférica, superficial. Volte hoje e mergulhe novamente no rio de vida afim de ter seu coração restaurado para amar a Deus acima de todas as coisas.   

7o – Arrogância

Nesse mesmo lugar encontramos o sétimo e ultimo motivo que nos faz perder o amor e esfriar o coração, o orgulho, a arrogância.

Aos olhos dos Laodicences, eles eram ricos e abastados, não tinham luz sobre si mesmos e por isso não podiam perceber a miséria em que se encontravam

A bíblia diz que o amor não procura os seus próprios interesses, não pensa de si alem do que convém, tudo suporta, não se conduz inconvenientemente. O amor é humilde.

A arrogância rouba do homem um coração quebrantado e contrito na presença de Deus. Isso nos fala de falta de oração em nossas vidas, pois somente quando oramos é que podemos ter luz de Deus, nos arrependermos e nos quebrantarmos diante do seu amor

Orar fala da necessidade e dependência da pessoa amada, os orgulhosos não oram, porque na verdade não amam, pensam que podem viver sozinhos e por isso não perceberam que caíram no laço dos últimos dias.

Hoje somos exortados a vencer cada uma dessas situações em nossas vidas e voltarmos ao primeiro amor afim de que o tempo da nossa oportunidade não passe de nós.

Perseverar nesse relacionamento de amor é a chave para vencermos nesse tempo de egoísmo e sermos levados às bodas do cordeiro quando Ele vier buscar a sua noiva apaixonada.



ESBOÇO DO LIVRO DE APOCALIPSE

Versículo chave: Ap 1:19
Linha do tempo:

01 – Ascenção de Cristo – Ap 5
02 – 1, 2, 3, 4 Selos, Cavalgar dos 4 cavaleiros
        Branco:      Pregação do Evangelho
        Vermelho:  Guerra
        Amarelo:    Fome
        Preto:        Morte
03 – Arrebatamento secreto dos vencedores. Lc 21:34
04 – 5 e 6 Selos. Ap 6:9-17
05 – A manifestação do iníquo (o emergir das bestas). Ap 13:2, 1 Ts 2:8
        Aliança do Anti-Cristo com Israel. Dn 9:1
06 – Inicio da Septuagésima Semana de Daniel. Dn 9:1
07 – O 7 Selo. Ap 8.
08 – As 2 testemunhas, Moisés e Elias. Ap 11:3
09 – As 7 trombetas. Ap 8:9-11
10 – Arrebatamento as claras dos crentes vivos que sobraram da grande Tribulação. Mt 24:29-31.
11 – Ressurreição de todos os salvos que morreram em Cristo. A Ceifa. 1 Ts 4:16-17, Ap 14:4.
12 – Tribunal de Cristo. 2 Co 5:10, Rm 14:11
13 – Tribunal das Nações. Mt 25:31-46.
14 – 7 Taças. Ap 15:16.
15 – Armagedon (Vindima). Ap 14:20, Ap 16:16, Ap 19:19-20
16 – Prisão de Satanás. Ap 20.
17 – Milênio. 7ª Dispensação. Ap 20.
18 – Satanás é solto. Ap 20:7.
19 – A última rebelião da humanidade. Ap 20:8-9.
20 – Inauguração do Lago de Fogo. Ap 20:10.
21 – Tribunal do Grande Trono Branco. Ap 20:11-15.
22 – Novo Céu e Nova Terra. Ap 21:1.
23 – Nova Jerusalém. Ap 21:2.
24 – Prontidão da Noiva, a esposa do Cordeiro. Ap 21:9.
25 – O Trono de Deus e do Cordeiro. Ap 22.





AS CINCO COISAS DO “EU DO LIDER”


1 – NUNCA ESQUECEREI QUE ESTOU NUMA BATALHA ESPIRITUAL

O líder deve estar sempre preparado, por isso precisa de uma disciplina de jejum e oração.

Ef 6:10-12 – “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

Esse texto de Efésios nos mostra que há uma batalha e da armadura que devemos usar.

1 Pe 5:8 – “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;  resisti-lhe firmes na fé”.

Não devemos temer o diabo, mas não posso desprezar os desígnios do maligno.
A resistência é para desanimar o líder.

2 – EM PRIMEIRO LUGAR LEVO MEUS PROBLEMAS PARA DEUS. DE JOELHOS

1 Sm 30:6 – “Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus.”

Davi se fortaleceu em Deus
As vezes o líder estará só, não terá ninguém para ajudar, e ai precisa se fortalecer em Deus.
2 Co 1:9 – “Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos“
Mesmo perto da morte devemos confiar em Deus, porque Ele nos livrou da morte.

3 - PRESTAREI CONTAS A DEUS E A OUTROS LIDERES

Prestarei contas diante do Tribunal de Cristo.

4 – VOU OBEDECER A DEUS EM TUDO

O Senhor testa nossa obediência

5 – EU AGRADAREI MAIS A DEUS DO QUE AS PESSOAS

Gl 1:10 – “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo“.
Ame as pessoas mas agrade a Deus. 



A lei da navegação (John Maxwell)

Gosto muito desta lei da liderança. Gostaria de relembrá-lo de três pontos importantes:

1. “Qualquer um pode conduzir o navio, mas é preciso um líder para estabelecer o rumo”.
Para desenvolver sua liderança, estabeleça um curso a seguir. Se você não conseguir realizar a “viagem” em sua mente, então não conseguirá realizá-la na prática.

2. “Ouça o que os outros têm a dizer”
Ouvir é somente para os humildes. Não importa o quanto você aprenda com o passado, isso nunca lhe dará tudo o que você precisa saber no presente. Você não tem todas as respostas, portanto, aprenda a “ouvir” os outros.

3. “Tenha fé sem negligenciar a realidade” 
Por muitos anos ouvi que fé é um salto no escuro! Mas a Bíblia diz que fé é uma certeza do que eu espero. A fé é uma convicção interior. Se você não “sente” a fé em seu interior, então ore com fervor, baseado em alguma promessa, até que a fé chegue.

Aperfeiçoando sua “navegação” (P L A N E J A R)

Predetermine seu curso de ação;
Lance as suas metas;
Adeque suas prioridades (cuidado com atividades concorrentes);
Notifique sua equipe;
Espere a aceitação (ouça todos os questionamentos, esclareça as dúvidas e obtenha   .    a aprovação de toda a equipe);
Jogue-se na ação;
Aguarde problemas;
Reflita sobre o êxito e examine diariamente os planos.

Este acróstico (Planejar) o ajudará muito. É claro, nunca faça isto sozinho... Pergunte  sempre ao Espírito Santo.






Os Ciclos da Vida do Cristão

lSalmos 90:12 - “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”.
lLevítico 25:8-9 - “Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta vibrante; no Dia da Expiação, fareis passar a trombeta por toda a vossa terra.”

O Primeiro Ano – Ano do Aprendizado
O primeiro ano (de qualquer área) significa o ano do aprendizado.
- No casamento, é o pior de todos – por causa da adaptação, do conhecimento, da sublimação dos próprios desejos.
- No ministério, idem – é o tempo de insegurança, de aprendizado;
- Na empresa, é o tempo de só investir e ano de não colher nada – além do risco de se enfrentar até prejuízos.
Não é ano de colher frutos 

O segundo ano – trabalho árduo
O segundo ano representa trabalho árduo, porque, em qualquer área, é quando você já tem certa segurança e então pode trabalhar duro.
O segundo ano é o ano da paciência, da persistência.

O terceiro ano – o ano da amizade
O terceiro ano é o ano da amizade, da afinidade; o reconhecimento esta vindo, nos negócios e nos relacionamentos.

O quarto ano – o ano da frutificação
O quarto ano se inicia a frutificação (não tanto quanto você gostaria, porque nesse ano você vai frutificar mais porque precisa de um “argumento”, para “provar” aos outros que você está conseguindo o seu objetivo, do que para satisfazer-se plenamente). Este é o ano da oportunidade, do teste.
             
O quinto ano – o ano da perseverança
2 Rs 13:17-19 - “E disse: Abre a janela para o oriente; ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira; e ele atirou. Prosseguiu: Flecha da vitória do SENHOR! Flecha da vitória contra os siros! Porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir. Disse ainda: Toma as flechas. Ele as tomou. Então, disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou. Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém, agora, só três vezes ferirás os siros“.

O sexto ano é o ano da bênção triplicada, da colheita super abundante!
Levítico 25:18-20 “Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos e cumpri-os; assim, habitareis seguros na terra. A terra dará o seu fruto, e comereis a fartar e nela habitareis seguros. Se disserdes: Que comeremos no ano sétimo, visto que não havemos de semear, nem colher a nossa messe?”

O sétimo ano - o ano do descanso, do desfrute
O sétimo ano é o ano do descanso, do desfrute. Na pratica, é o ano que você vai realizar o que espera, a viagem dos seus sonhos, por exemplo; a compra da casa dos seus sonhos, etc.
O Maná era recolhido dobrado no sexto dia, para o descanso do sétimo.

O oitavo ano – o ano do recomeço de um novo ciclo
O oitavo ano é o recomeço – é o ano da bênção, mas também da semeadura para o novo ciclo.



A lei da navegação (John Maxwell)

Gosto muito desta lei da liderança. Gostaria de relembrá-lo de três pontos importantes:

1. “Qualquer um pode conduzir o navio, mas é preciso um líder para estabelecer o rumo”.
Para desenvolver sua liderança, estabeleça um curso a seguir. Se você não conseguir realizar a “viagem” em sua mente, então não conseguirá realizá-la na prática.

2. “Ouça o que os outros têm a dizer”
Ouvir é somente para os humildes. Não importa o quanto você aprenda com o passado, isso nunca lhe dará tudo o que você precisa saber no presente. Você não tem todas as respostas, portanto, aprenda a “ouvir” os outros.

3. “Tenha fé sem negligenciar a realidade” 
Por muitos anos ouvi que fé é um salto no escuro! Mas a Bíblia diz que fé é uma certeza do que eu espero. A fé é uma convicção interior. Se você não “sente” a fé em seu interior, então ore com fervor, baseado em alguma promessa, até que a fé chegue.

Aperfeiçoando sua “navegação” (P L A N E J A R)

Predetermine seu curso de ação;
Lance as suas metas;
Adeque suas prioridades (cuidado com atividades concorrentes);
Notifique sua equipe;
Espere a aceitação (ouça todos os questionamentos, esclareça as dúvidas e obtenha a            .     aprovação de toda a equipe);
Jogue-se na ação;
Aguarde problemas;
Reflita sobre o êxito e examine diariamente os planos.

Este acróstico (Planejar) o ajudará muito. É claro, nunca faça isto sozinho... Pergunte  sempre ao Espírito Santo.





NÍVEIS DE INTIMIDADE COM DEUS

As pessoas vivem hoje um cristianismo baseado na busca da satisfação do eu.
Isso determina o nível de intimidade que ela tem com o Senhor.
Mas Deus tem chamado um povo para “satisfazer àquele que o arregimentou” (2 Tm 2:4) e não a si mesmos.
Cada um de nós possuímos um nível de intimidade com o Senhor.

Cada nível de intimidade tem seu preço a ser pago.
Cada nível de intimidade tem a sua recompensa.

Em que nível você se encontra?
Em que nível você quer chegar?

Vejamos seis níveis de intimidade de pessoas que se relacionaram com Jesus e receberam recompensa.

1- AS MULTIDÕES – MT 9:35-38
Nenhum Preço – Nenhuma recompensa.
Buscam e recebem as bênçãos do Senhor – é a rasura da vida cristã.
São os que só conseguem ver as suas mãos – se contentam com as “Bonecas e os carrinhos”.  São como crianças.
  
2 - OS 500 - 1 Co 15:5-6
A bíblia só diz a respeito desses que o Senhor apareceu a eles de uma só vez.
Penso que eram irmãos que estavam buscando ao Senhor, ou que apenas haviam se convertido.
É o preço de apenas estar na igreja.
A recompensa de ver o Senhor em momento de revelação nas reuniões da igreja.

3 - OS 120 – At 1:15 
Eles estavam todos orando, buscando a Deus em oração.
São aqueles que avançaram do nível de apenas participar de uma reunião de final de semana
Estão querendo algo mais do Senhor.
A recompensa é que receberam o batismo do Espírito Santo.
Receberam a capacitação de Deus para servir ao Senhor e agora podem avançar em buscá-lo.

4 - OS 70 – Lc 10:1,17-20 
Eram discípulos e não apenas membros
Aceitaram o encargo de serem enviados - líderes de célula.
Receberam a recompensa da autoridade sobre demônios e enfermidades

5 - OS 12 – MT 13:10-13
É o preço daqueles que a tudo deixaram para responder a um chamado do Senhor
Mesmo não sendo tempo integral 
Receberam a revelação dos mistérios do reino (parábolas), além da autoridade sobre o mundo espiritual.
  
6 - OS 3 (Pedro, Tiago e João) – MT 7:1-8, 26:36-38
É o preço dos famintos, disposição de andar próximo do mestre e subir com ele em lugares elevados.
Recompensa:
Transfiguração – viram a glória de Deus.
Conheceram a intimidade do Senhor (Suas fraquezas compartilhadas)


Em que nível de intimidade com Deus você se encontra?
Em que nível de intimidade com Deus você quer chegar? 
Jo 4:23 – “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.”



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OS ÓCULOS 3D DO DIABO


O óculos 3d é uma invenção para entreter as pessoas. É um objeto que gera uma ilusão na mente das pessoas, fazendo com que elas sintam parte do que está passando nas telas dos cinemas ou das tvs.
É divertido e pode levar aquele que está assistindo do medo ao pavor e da calmaria a euforia em poucos segundos. Depois disso tudo volta ao normal, 
tudo volta ao mundo real.
Esse tipo de divertimento não causa nenhum mal, é algo que tem feito parte da vida das pessoas que buscam a modernidade.
Fico imaginando se o diabo não tem colocado seus óculos 3d nos olhos de muitos pastores e líderes, senão vejamos:
Ultimamente temos visto pastores e líderes perderem o foco daquilo que Deus os mandou fazer.
Chega a impressionar como líderes tem trocado a certeza da palavra de Deus pelas 
ilusões do mundo mostradas pelo diabo.

Mas essa tática do diabo não é nova, ele já a usou com Eva:
 Gn 3:4 Disse a serpente à mulher: “Certamente não morrerão! 5 Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus , serão conhecedores do bem e do mal”.
O diabo também a usou com Jesus:
 Mt 4:8 Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. 9 E lhe disse: “Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares”. NVI
O problema é que líderes continuam caindo na armadilha do diabo como Eva caiu e continuam sendo exemplos negativos como ela foi.
Devemos o tempo inteiro olhar para a vida de Jesus. As ilusões do mundo são muitas, os convites são muitos, as tentações vem aos montes e as imaginações sobre coisas prazerosas querem inundar a mente de todos.
Precisamos a cada dia visualizar o porvir e cingirmos o nosso entendimento, sermos sóbrios e esperarmos sempre no Senhor Jesus. 1º Pe 1:13.
Os óculos 3d foram criados para mostrar além do que é visto numa cena sem eles, e o diabo com seus óculos 3d quer nos mostrar coisas que estão fora da realidade 
de Deus para nós.
Porque que líderes espirituais caem em pecados sexuais? Porque enxergam de maneira ilusória imaginando que o prazer vai ser duradouro e sem consequências. 
Pura ilusão!!! No momento em que o diabo tirar os óculos 3d da cara de quem foi seduzido e iludido aí sim esse líder verá a realidade dura e as perdas tão claras e aqueles momentos de prazeres da carne se transformarão em grande amargura.
Porque que líderes espirituais caem na tentação de ficarem ricos a todo custo? Por que eles têm enxergado de maneira ilusória o que o dinheiro pode comprar e até trocam a bênção e a paz que Deus dá, por um punhado de dinheiro e bens. 
1Tm 6:10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
- Ap 3:18 Aconselho - te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
Também vejo em algumas conversas de pastores a paixão que alguns tem 
quando falam dos seus esportes favoritos, principalmente o futebol a chamada paixão nacional. 
Alguns falam de seus times e torcem de uma maneira tão apaixonada que se portassem assim nos seus púlpitos, talvez suas igrejas fossem mais apaixonadas 
por Jesus e Sua palavra, pois nós passamos para as nossas ovelhas muito mais do que falamos, mas o que somos.
O diabo tem vários modelos de óculos 3d, tem o modelo de poupe um pouco mais a sua vida. Esse óculos é aquele em que se enxerga que o pastor deve descansar um pouco mais, jejuar um pouco menos, é o óculos que mostra que o desgaste está sendo grande e a recompensa pode não ser tão grande assim.
Tem também o óculos divirta-se mais. Tem pastores que sabem mais nomes de atores norte americanos que personagens 
da bíblia. Porquê? Porque assistem a tantos filmes que é impossível não guardarem os nomes deles, e porque não fazem a mesma coisa com a palavra ou talvez não na mesma proporção da paixão que 
tem pelos filmes, então na hora de falar de algum personagem da bíblia se equivocam ou não sabem em que contexto está.
Li um livro onde o pastor kenneth Hagim fala de um pastor que passou um final de semana com ele e contou muitas piadas sem repetir nenhuma, e quando ele ia embora disse ao pastor Hagim: Pastor, admiro como o senhor guarda tantos versículos bíblicos  na mente e os cita sem precisar recorrer a bíblia e, então o pastor perguntou ao pastor Hagim: como eu poderia fazer o mesmo? O pastor Hagim respondeu - se você procurasse guardar os versículos como guarda as piadas você conseguiria.
O diabo tem procurado homens de Deus para vender os seus óculos e muitos os tem comprado, mas a vida de quem os compra se torna rasa, medíocre e os coloca a beira ou até os joga no escândalo.
Com Moisés foi diferente. Moisés enxergou com os olhos da fé. Homens de Deus precisam desenvolver a visão do 
porvir por meios espirituais. Precisam enxergar como Deus enxerga e fazer as escolhas certas. Veja como Moisés viu:
Hb 11:24 Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios 
do pecado; 26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.
Que a cada dia possamos querer enxergar como Moisés, que contemplou o galardão, Estevão, que viu os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus, ver como Jacó viu e profetizou a respeito do futuro, ver como João viu a Jesus e falou o que estava por vir. Que não sejamos cegos, mas tenhamos olhos pra ver. 
Que O Senhor nos ajude! Paz




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TEHILLAH O LUGAR ONDE DEUS HABITA!

              Como uma esposa se sentiria se o seu esposo ao cumprimentá-la todas as manhãs retirasse do bolso um pedaço de papel lesse a cópia de uma declaração de amor que outra pessoa escreveu? Talvez na primeira vez que ela ouvisse até se empolgaria um pouco, mas depois de ouvir algumas vezes certamente perderia o interesse. Mas se o marido todas as manhãs lhe fizer uma declaração com as suas prórpia palavras, certamente ela se encantaria mesmo que não houvesse rima nos versos.
                Em Isaías 42.10, nós lemos: “Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra...”  Mas o que significa cantar um cântico novo?
                O cântico novo é um cântico que Deus deseja muito. É a canção que cada cristão deve cantar e é uma parte necessária da nossa adoração conjunta ou em particular. Nesse cântico novo existe um poder sobrenatural. Por isso, nos somos tantas vezes instruídos nas Escrituras a dar esse tipo de louvor e adoração ao Senhor: “Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus”(Sl.40.3).
                A palavra em Hebraico para “novo” é  “tehillah” e é definida como “novo”, “fresco”, “coisa nova”, “original”. Quando um ambiente de louvor e adoração é gerado na igreja, e o a congregação está totalmente envolta pela glória do Senhor, chega um momento que nenhum outro cântico consegue traduzir a nossa adoração. Nesse momento o nosso espírito entra em ebulição na presença do Senhor e   novas composições nascem dentro de nós. De repente como uma explosão que não se pode conter, cânticos espirituais começam a fluir.
                Isso não significa que os cânticos que geralmente cantamos, não são importantes ou que sejam dispensáveis. A diferença entre cantar os cânticos que alguém compôs antes e cantar um cântico espontâneo para Deus, é a mesma de um marido comprar um cartão com uma mensagem escrita para sua esposa e ele mesmo escrever-lhe uma pequena carta ou um simples bilhete de amor. Portanto, em nossos cultos, sempre deveria haver um momento onde essa explosão pudesse acontecer.  Pois essa é a canção que Deus mais deseja. “Contudo tu és Santo, entronizado sobre os louvores(hebraico – ‘tehillah’) de Israel.  De todas as canções que Deus poderia ter escolhido, para habitar e para manifestar Sua presença, Ele escolheu habitar no meio de ‘tehillah’.               
                Moisés, Miriã, Samuel, Davi, Salomão, Isaías, Quenanias, Zacarias, Jeremias, Sofonias, os filhos de Corá, Jeosafá, Asafe, Jedutun, Maria, Jesus, os discípulos e os  cristãos primitivos cantaram esses cânticos. E nós hoje precisamos não apenas cantá-los, mas gerar uma ambiente para que esses cânticos possam fluir. Até porque, esses são os cânticos que provavelmente são mais cantados no céu. “E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e a voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam as suas harpas. E cantavam um cântico novo diante do trono...(Ap.14.2,3). “...Os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que soa as orações do santos. E cantavam um  cântico novo” (AP.5.8,9).
                Cânticos espirituais são um sinal de estar cheio do Espírito Santo(Ef.5.19). Portanto, quando você está cheio do Espírito você está cheio de cânticos, ‘tehilla’.
                O nosso objetivo num culto de adoração não é somente o de cantar cânticos, mas o de tocar a presença do Senhor. O novo cântico, ‘tehilla’ é uma dessas chaves. Portanto, se você for o responsável por ministrar o momento de louvor, dê tempo para as pessoas cantarem os seus próprios cânticos para o Senhor. É mais íntimo e é uma expressão pessoal.



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A FÉ QUE FUNCIONA

IJo. 2.6  aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
Nós queremos receber de Deus .....
Eu nunca gostei de comer churrasco pela fé, pizza pela fé, não tem sabor é invisível é intocável.
Nós queremos receber de Deus, e receber mesmo, esta na hora de nossa fé funcionar.
João esta falando de uma fé que é: andar como Ele andou.
Jesus quando orou recebeu a resposta do Pai!
Jesus nunca fez nada pela metade.
A fé de Jesus funcionava, e nós devemos andar como Ele andou!
He.11capitulo da fé.Ver1: definição da fé; ver 3: fala dos mundos; ver 6 sem fé é impossível agradar a Deus.    
No ver. 32 o autor esta pregando e ele parece que olha no relógio e vê que o tempo esta quase acabando, então ele diz: vou ter que resumir, encurtar minha mensagem.
E do ver. 32 em diante, ele esta simplesmente dando esboço da mensagem.
Ele começou a falar de Adão, depois ele fala de Moisés, de Abraão.
E no ver. 32 E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas,Então ele tinha um esboço tremendo, talvez foi Paulo que esta falando aqui. ....Lembra em At.20..ele pegou a noite inteira?
Mas agora o pregador esta resumindo e no ver 33 ele fala: pela fé... os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões,34  extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
E este pela fé, não deve ser só uma frase que nos usamos na igreja, não..... a gente fala: irmão como vai? “Ooo” pela fé esta tudo bem...
Eu sei que devemos confessar, mas de vez em quando nos temos que receber também.
Aqui o pregador esta descrevendo o que tem que acontecer pela fé.
Receberão promessas, as promessas se realizaram..
Fico imaginando Daniel hoje na cova dos Leões.... pela fé fecha a boca.... pela fé devolve meu braço...
Fé que funciona. O nosso alvo é vencer com Deus, receber de Deus.
Agora em Mc.5, a partir do ver. 21 tem uma historia muito interessante.
Jesus esta inda a casa de um homem chamado Jairo, porque a filha dele esta doente. Cercado de uma grande multidão, e no meio do caminho, ver. 25 uma mulher, parece que ela esta na fila do SUS, gastou tudo que tinha, viajou por toda Israel, e cada vez piorando mais.
Podemos aprender algumas verdades dentro deste texto.
Ver. 28 - 1o. Ponto: maneira que pedimos, ela falou o que queria, para receber de Jesus voçê tem que pedir o que quer.
Mas Jesus sabe o que eu preciso! Eu sei, Ele é Onipotente, Onisciente, Ele esta em todos os lugares, Ele sabe tudo.
Mas Ele estabeleceu no reino Dele regras, E uma delas é: para receber temos que pedir....
E aqui nós falhamos por alguma razão, nós não pedimos a Deus o que queremos...
O Senhor nos convidou em Mc.11, Jesus esta saído de Betânia, ver. 13 para olha para figueira.
Esta figueira muitas vezes parece nossas próprias vidas.
A gente olha a distância de longe a nossa vida parece algo frutífero, de longe a nossa vida parece algo que recebe, de longe a vida parece vida frutífera.
A gente chega perto, e Jesus diz: esta vida não tem fruto...
Então Jesus vira para figueira, fala em voz alta.....
Nós temos que aprender a liberar palavra de fé, seja ligar ou desligar.
Devemos agir. A palavra oração ora-ação, orar e agir
Se nós só confessarmos, sem agir, nada vai acontecer.
Nós temos que colocar o nosso andar de acordo com o nosso falar.
Devemos colocar ações em nossas confissões.
Esta mulher ouviu falar de Jesus....
E no ver 28 diz que: dizia ela, quando chegar a Jesus Ele vai me curar....
Jesus estava cercado por uma multidão.
Agora esta mulher doente ha anos..... não tinha força, arrastou-se até Ele...
Ela agiu e ela declarou: eu vou tocar Nele e vou ser curada. Fez alguma coisa.
Agora esta mulher quebrou todas as leis Judaicas, todas as leis da religião, ela era imunda
Não, voçê não pode ser curado assim, faça uma fila aqui que ...
Quando ela tocou Jesus Ele também ficou imundo,
Mas Ele não ficou imundo, Dele fluiu poder, dunamis..
1o. Dizer;
2o. Agir
3o. Receber
Ela procurou a cura e ela recebeu.
Ver. 29 - O sentir não vem 1o.
Em março do ano passado, um acidente em uma usina nuclear no Japão, uma força radioativa, invisível
Este poder invisível danificou e matou algumas pessoas.
Ninguém podia ver estes raios, um poder invisível, você não sente nada no inicio, no começo.
A 2000 anos na cruz do calvário foi liberado um poder, não posso ver, não posso tocar, cheirar,
E que é mais poderoso do que qualquer outro poder.
Agora pega este poder e aplica na nossa vida.
Eu fiquei pensando na cura divina, sabe que a cura foi ganha antes da cruz?
Esta escrito que: somos sarado pelas suas feridas, que aconteceu antes Dele morrer.
Já pensou como Deus nos curou?
A cura esta aqui no nosso meio.
Como as ondas de TV. de Radio, que são invisíveis, mas estão em todo lugar.
Jesus liberou cura que esta aqui.
Eu fico pensando, Jesus quando nasceu, Maria foi a mãe de aluguel, todas as características de Jesus Ele recebeu do Pai.
Inclusive o sangue, o Sangue que corria nas veias de Jesus era sangue de Deus, e naquele momento, naquele dia.
Eu creio que o chicote batendo nas costas do meu Senhor....
O que aconteceu foi muito simples, cada vez que aquele chicote cortou as costas de Jesus, o Sangue de Deus foi derramado, e naquele momento, naquele lugar, quando o sangue foi derramado.
Cura Divina começou a fluir e invadir o mundo inteiro, esta aqui, a terra esta cercada deste poder.
A liberdade esta ao seu redor. A felicidade esta ao seu redor.A cura esta ao seu redor.
Tudo que voçê necessita esta ao seu redor.
Referencias: Is. 53.5; Mt. 8.17
IJo. 3.8 - Destruir  - a palavra e LUO   Ex. papel rasgarmos como vamos destrui? Fogo o que resta? Cinza. Como vamos destruir ?
O fato e que fisicamente nos não podemos destruir este papel, sempre vai existir.
Mas as obras do inimigo Jesus “LUO” destruiu sem deixar traço nenhum.
O inimigo é mentiroso, não tem poder... mentira.. ele esta enganado muita gente...
Tg. Diz que ele é como leão...... faz barulho mas não e um  leão, leão só tem um que é o Leão da tribo de Judá, temos que agir encima da nossa fé.
No. 4 ver. 33 declarar.
Ela não esta pedindo perdão a Jesus, desculpando.
Mas adorando, esta declarando para Ele e para todos o que Jesus fez.
Sl. Publicai entre as nações a sua glória
ISam. 17  Davi e Golias, 5 vezes Davi declara: o Senhor vai te entregar nas minhas mãos. Ele pegou a arminha dele passou no ribeiro e ele pegou quantas pedras? 5, tinha quantos gigantes? Porque pegou 5?
Ouvi uma coisa uma vez não sei se é verdade.....
Homem de visão, eu mato este gigante e vou atrás dos irmão dele.
Ele avançou no gigante, ele agiu. Ele recebeu.
E no Ver 4 Davi pegou a cabeça dele e levou para Jerusalém, cantando e salmodiado e dando glória a Deus.
Precisamos ouvir os testemunhos para estimular a nossa fé.



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AS CRISES DA CAMINHADA

JÓ 1:13-22

13 Certo dia, quando seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho em casa do irmão mais velho,
14 veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
15 e deram sobre eles os sabeus, e os tomaram; mataram os moços ao fio da espada, e só eu escapei para trazer-te a nova.
16 Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei para trazer-te a nova.
17 Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Os caldeus, dividindo-se em três bandos, deram sobre os camelos e os tomaram; e mataram os moços ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
18 Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho;
19 e eis que sobrevindo um grande vento de além do deserto, deu nos quatro cantos da casa, e ela caiu sobre os mancebos, de sorte que morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova.
20 Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou;
21 e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.
22 Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.

Quem nunca se viu diante de uma decepção? Elas sempre nos perseguem, afinal vivemos em um tempo em que o amor de muitos se esfria e a auto preservação humana se torna foco principal, e quando menos percebemos nossa vida estamos envolvidos com o fato, e afeta toda nossa vida, esta é uma das primeiras armas que satanás usa para tentar impedir-nos de alcançar a promessa.
É nessa hora que homens determinados a avançar mesmo diante das crises fará toda a diferença, lembro-me de uma frase dita pelo reverendo Pr. David Cho que dizia: “um líder é conhecido e medido pelo tamanho de desafio que tem coragem de enfrentar”
As dificuldades tentam nos atropelar em diversas áreas como: crise na família, crise ministerial, crise financeira, crise de identidade.
Depois de muitas frustrações na vida, aprendi algo, e criei uma frase: as derrotas fazem parte do caminho das vitórias, sem as perdas não conseguimos melhorar.
Um dos resultados conseqüente das crises é o DESÂNIMO
Conta-se que alguém chegou no quartel das armas do diabo, e lá havia uma exposição de armas, aquela pessoa começou a olhar cada arma e ver o preço, dois mil, dez mil, cinqüenta mil, de repente viu uma arma muito pequena, mas em um lugar de destaque, ele então perguntou: e esta quanto custa? Satanás respondeu: não está a venda é a mais poderosa de todas, é a arma do desanimo, é com ela que levo milhares de lideres a desistirem até da própria vida.
O desânimo nunca vem no inicio dos planos
Aparece quando já insistimos muito com algo
Quando estamos cansados
Quando os outros já não acreditam mais em nós.
Esta arma é traiçoeira, ela nos atinge nas nossas ultimas resistências
 Na bíblia encontramos muitos homens de Deus que enfrentaram o teste do desânimo

Moisés (Ex.4.1,10-13) Abraão(Gn.15.1-6) Davi (1Sm.22.22) Jó (Jó 3.6,10-13)
Mas afinal, como venceremos as crises?

Posicione-se em Deus
Satanás fará de tudo para nos desviar do foco, ele é articulador, pra alcançar seu objetivo vai tentar usar a mente fragilizada com as frustrações, uma das coisas que mais tem feito crentes estacionarem, é a falta de uma identidade resolvida
Só tem uma maneira de vencer satanás, é confessando o que a palavra de Deus diz que somos, por isso você tem que enfrentar o diabo pela fé na remissão em Cristo Jesus.
E proclamar através de palavras e atitudes o  que a Palavra de Deus diz que você é, por exemplo:
Liberto pelo sangue de Jesus (Ap.1.5)
Nova criatura (2-Co.5.17)
Herdeiro da promessa (Gl.3.29/4.28)
Filho de Deus (1-Jo.3.1)

Acredite no seu chamado
Uma outra atitude firme de um crente deve ser de acreditar no seu chamado, afinal satanás sempre tentará colocar duvida em seu chamado, por isso posicione-se e acredite.
Nunca tente fazer das oportunidades, a única chance de alcançar o seu êxito ande mais uma milha se não deu certo hoje, amanhã vai dar  em nome de Jesus
Confie em Deus (se Deus tem um propósito para sua vida, nada e ninguém conseguirá impedir a consumação dos planos de Deus.(Is.43.13)
Não desvaneça com as circunstancias, observe por exemplo o caso de José do Egito,  Deus havia escolhido José pra ser um dos lideres e guardador da descendência de Abraão, mais teve que enfrentar a:
Inveja de seus irmãos(Gn.37.23-) o fundo do poço, a escravidão, prisão e decepção (Gn.39.20-)
Em Jr. 29.11 o Senhor diz que só Ele sabe os planos que tem pra nós, muitas vezes não alcançamos a promessa porque, duvidamos dela, e é exatamente ai que o diabo opera, quando desacreditamos por causa das circunstâncias. Quero lhe encorajar e falo isso porque tenho vivido essa experiência na minha vida, quando tudo parecia não ter mais saída Deus escancarou a porta do céu. E o mesmo Ele irá fazer com você, em nome de Jesus.




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RETIRANDO O MAU CHEIRO DO CORAÇÃO

Algum tempo atrás Quando chegamos do seminário de casais, sentimos um mau cheiro terrível ao entrar em nossa casa. A coisa ia aumentando à medida que nos aproximávamos mais da porta da cozinha. Quando abri a porta, a situação estava insuportável. Aquele mau cheiro estava impregnado em toda a casa. Eu não conseguia detectar o que era, e então abri as janelase comecei a procurar, mas o mau cheiro estava em toda a casa. Então eu cheguei perto da geladeira e constatei que, quando saímos de casa, quatro dias antes, eu havia displicentemente desligado a chave geral de energia, sendo que a geladeira estava abastecida de carne para vários dias.
Agora então era preciso abrir a geladeira, Graças a Deus que Ele me dotou de um estômago forte, porque tudo naquela geladeira havia apodrecido e estava em estado de decomposição. Eu removi tudo para o lixo, joguei aquela água podre fora, desinfetei a geladeira com cloro, limpei geral, e liguei-a; mas a casa continuava impregnada daquele mau cheiro, e quando amanheceu o dia seguinte eu percebi que a geladeira continuava fedendo. E para piorar a situação, alguns irmãos foram lá em casa e sentiram o mau cheiro, e ficaram brincando: “Alguma coisa não está cheirando bem na casa do pastor”. Resolvi, Desliguei-a, tirei peça I por peça e coloquei de molho no sabão em pó e cloro, peguei uma mangueira d'água e lavei geral, com sabão e cloro, sequei toda a geladeira e, quando liguei novamente, coloquei pó de café e um pedaço de carvão lá dentro para ajudar a tirar o mau cheiro, mas eu ainda sentia alguma coisa; e só parei de sentir depois que fomos ao Supermercado e reabastecemos a geladeira. No dia seguinte já tudo estava em paz.
Não é interessante o quanto isto tem a ver com a situação do ser humano
longe de Deus? Pois longe de Deus a pessoa fica desligada do poder do Espírito Santo, e o seu interior, o seu coração começa a entrar em decomposição, porque os seus pecados vão aflorando, e um cheiro de morte espiritual começa a impregnar a sua vida. Longe de Deus, o homem é só pecado, é uma geladeira desligada, abarrotada de coisas que não alimentam, que não edificam,que não têm valor nutritivo, mas só fazem mal à saúde espiritual, tanto de si mesmo como das outras pessoas que estão ao redor. O homem sem Deus não atrai ninguém, pois um depósito de podridão só atrai urubus e todo tipo, de seres nojentos como ele mesmo. Não é um quadro digno de apreciação. É como o relato de “Ezequiel 16:quando o profeta diz que Israel é comparada a uma criança abandonada pela mãe no momento de seu nascimento, jogada na rua ainda ligada ao cordão umbilical, numa poça de seu próprio sangue”. Da mesma forma, o homem sem Deus se debate no lamaçal de seus próprios pecados, e causa nojo em todos os que passam por ele.
     Então O Senhor Jesus entra em cena e abre o coração daquele homem (a geladeira), e tudo então é exposto, e aquele mau cheiro é insuportável. Mas Jesus tem um “estomago forte” e remove todo pecado, toda mágoa, o rancor, etc., e lava aquele coração com a água da palavra e liga na tomada, ou seja, injeta o poder do seu Espírito. Mas um coração que foi esvaziado da podridão de seus males não pode ficar vazio. É preciso então se encher de coisas novas, sadias, cheirosas, aprazíveis, pois como dias a palavra de Deus:“...Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8

P.S: Cuidado, pois isso pode acontecer até na “geladeira” de pastor.

Que Deus te abençoe, e que o bom perfume de Cristo seja o que exale de sua vida.